Alberto Fernández assume Argentina em meio a grave crise econômica

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MARIETA CAZARRÉ

Por volta das 12h desta terça-feira (10), Mauricio Macri passou o bastão de comando e a faixa presidencial para o novo mandatário argentino, Alberto Fernández. O novo presidente fez um discurso diante do Parlamento e afirmou que quer ser o presidente que escuta, o presidente do diálogo. Alberto Fernández acrescentou que os problemas da democracia só se resolvem com mais democracia.

Fernández tem como vice a ex-presidente e ex-senadora, Cristina Kirchner. Eles venceram as últimas eleições, em primeiro turno, com 48% dos votos, enquanto Macri obteve, em segundo lugar, 40%.

O novo presidente herda um país com problemas como o da dívida de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Ineternacional (FMI). Há uma parcela de 11 bilhões da operação ainda a ser paga, mas Fernández anunciou que não pretende recorrer a este empréstimo. Outro desafio do país é a inflação de quase 55% registrada este ano e o cenário socioeconomico de 40% da população na pobreza. No comando do país, Fernández ainda enfrentará debates e temas impopulares, como o da legalização do aborto.

Solenidades – As solenidades começaram na manhã de hoje e seguirão até o final da tarde. Após o discurso de Fernández no Congresso, parlamentares cantaram a Marcha Peronista e gritaram “Alberto presidente!”.

Na tarde de hoje, às 15hs, o mandatário receberá os cumprimentos dos chefes de Estado e de Governo que compareceram à cerimônia de posse. O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, está representando o país.

Às cinco da tarde, serão prestados juramentos dos ministros de Governo. Às sete da noite, Alberto Fernández e Cristina Kirchner cumprimentarão a população na Praça de Maio.

Crise – Macri, que assumiu em 2015, deixou o comando de um país com uma grave crise econômica e social; com inflação este ano prevista para 55% (só perdendo para Venezuela e Zimbábue); 30% das pessoas vivendo na pobreza e os sem-teto representando quase 10% da população.

Entre 2003 e 2007, o presidente era Néstor Kirchner, marido de Cristina Kirchner, falecido em 2010. Entre 2007 e 2015, quem governou foi a própria Cristina. Atualmente, ela é senadora e se licenciará do cargo para assumir a vice-presidência. Há diversos processos contra ela na Justiça, por delitos como corrupção e lavagem de dinheiro.

(Agência Brasil)

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