Após flerte com Huck, Flávio Dino vai ao encontro do ex-presidente Lula

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O governador Flávio Dino (PCdoB) tem um encontro agendado com o ex-presidente Lula (PT) na segunda quinzena de janeiro, com quem deve aprofundar o debate sobre a necessidade de uma frente mais ampla, não apenas com partidos de esquerda, para a disputa presidencial de 2022  quando Jair Bolsonaro deverá tentar a reeleição. A informação é da jornalista Malu Delgado em reportagem assinada no jornal Valor Econômico.

O encontro seria mais um desdobramento do aceno recebido por Dino para uma composição com o apresentador de TV Luciano Huck, de quem poderia ser vice. Dino, como destaca A reportagem de Malu, teve um encontro com Huck em dezembro, e, embora não tenha sido categórico sobre sua candidatura presidencial em 2022, sondou o governador sobre o futuro político do PCdoB. Huck também quis saber opiniões de Dino sobre o Cidadania, o antigo PPS, dirigido por Roberto Freire, que seria seu possível destino se aceitar disputar a sucessão presidencial.

Após a divulgação da conversa de Dino com Huck, o deputado federal Paulo Teixeira, vice-presidente nacional do PT, disse em seu Twitter que “ou com Lula ou com Haddad, @FlavioDino estará na nossa chapa nas próximas eleições presidenciais”, e isto poder começar a ser alinhavado a partir do encontro com Lula, com quem Dino já havia se encontrado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PT), onde o petista ainda cumpria sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em regime fechado. Após esse encontro,  o comunista se encontrou também com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e José Sarney (MDB).

As conversas do governador do Maranhão, como acrescenta a reportagem do Valor, coincidem com um movimento de inovação no PCdoB, com o surgimento do Movimento 65, pelo qual os comunistas vão tentar atrair conservadores para uma resistência mais ampla a Bolsonaro. Enquanto  isso, ficam externadas as dificuldades do PT em ampliar alianças com a esquerda.

Nas próximas semanas devem ser definidos nomes para as eleições de 2020, e há expectativa de apoio dos petistas a candidaturas de outras legendas, em especial a de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre e de Marcelo Freixo (Psol) no Rio. Correntes do PT, no entanto, resistem e querem nomes próprios nas duas capitais.

Por outro lado, dirigentes do PCdoB sustentam que vão lançar candidaturas próprias em praticamente todas as capitais exatamente para tentar dar algum fôlego ao partido. Nesse ambiente partidário, Flávio Dino tem defendido a necessidade de se buscar uma nova saída política não apenas para as pequenas legendas, mas também para a esquerda brasileira.

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