Após prestar depoimento, Geddel é levado para presídio da Papuda

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Brasília - O ex-ministro Geddel Vieira Lima chega a Brasília após ser preso pela pela Polícia Federal em Salvador onde cumpria prisão domicilia (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-ministro Geddel Vieira Lima concluiu seu depoimento na Superintendência da Polícia Federal (SPF), em Brasília, na noite desta sexta-feira, e, após fazer exame de corpo de delito, foi levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, também na capital federal.

Geddel foi preso preventivamente nesta sexta-feira (08) de manhã, na casa em que mora e onde cumpria prisão domiciliar em Salvador. A prisão foi determinada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, em uma nova fase da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal.

A prisão do ex-ministro ocorreu após a Polícia Federal encontrar R$51 milhões de reais em dinheiro em um apartamento de um amigo do político. O dinheiro apreendido já foi depositado em conta judicial.

Além dele, também foi preso preventivamente o chefe da defesa civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que foi exonerado do cargo. A defesa do ex ministro informou por meio de nota que só vai se manifestar quando que tiver acesso aos autos e documentos que embasaram a prisão.

Foram contabilizados R$ 42.643,500 e US$ 2.688 milhões. Perfazendo um total, em reais, de R$ 51.030.866,40.

Dinheiro – O dinheiro foi encontrado pelos policiais ao cumprir mandado judicial de busca e apreensão, emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília, dentro da Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Operação Cui Bono, cuja primeira fase foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano. Os valores apreendidos serão depositados em conta judicial.

O apartamento pertence, segundo a Justiça, a Silvio Silveira, que teria cedido o imóvel ao ex-ministro, para que guardasse, “supostamente, pertences do pai, falecido em janeiro de 2016″. Uma denúncia anônima, feita por telefone, alertou a polícia de que Geddel estaria utilizando o apartamento no bairro da Graça para “guardar caixas com documentos”, o que foi constatado após consultas realizadas aos moradores do edifício.

No documento autorizando a operação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira considerou que as práticas precisam ser investigadas “com urgência”, devido aos fatos relacionados a “vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos”. A decisão do juiz, autorizando a operação, foi assinada na última quarta-feira (30).

(Agência Brasil)

 

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