Aumenta confiança de empresários na indústria, mas diminui no comércio

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O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,8 ponto de janeiro para fevereiro deste ano e chegou a 99 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Já no comércio, segundo a mesma FGV, a confiança dos empresários recuou 3,8 pontos, conforme os números divulgados nesta terça-feira (26).

Esse é o maior nível do indicador desde agosto do ano passado.

De acordo com a FGV, a alta na confiança do empresário da indústria é a segunda do ano e mostra o índice se aproximando dos 100 pontos, o que e indica estar setor começando a se afastar do fraco desempenho do segundo semestre de 2018.

A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário no momento presente, avançou 1,8 ponto, para 98,8 pontos. A avaliação sobre o nível atual dos estoques subiu 4,7 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,3 ponto, para 99,2 pontos. A expectativa dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes recuou 2,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,4 ponto percentual em fevereiro, para 74,7%, a primeira alta desde setembro de 2018.

Emprego – Outra sondagem, esta da Confederação Nacional da Indústria (CNI),  confirma a recuperação do setor industrial. O indicador de evolução da produção foi de 49,3 pontos e o de número de empregados ficou estável em 49,7 pontos. Os dois indicadores estão muito próximos da linha divisória dos 50 pontos e mostram a melhora na atividade, informa a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos mostram queda na produção e no emprego.

De acordo com a CNI, com o fim das encomendas de Natal, a queda da produção em janeiro é normal. Entretanto, o índice de evolução da produção foi o maior para o mês de janeiro desde o início da série mensal, em 2010. O indicador de número de empregados também é o maior para o mês de janeiro desde 2011, quando começou a série mensal. Também é a primeira vez que o indicador fica estável no mês.

Outro sinal positivo foi a utilização da capacidade instalada que alcançou 66% em janeiro. “O percentual supera o registrado no mesmo mês de 2018 e é o maior para o mês de janeiro nos últimos quatro anos”, diz a pesquisa. Os estoques também ficaram muito próximos do planejando pelos industriais.

Comércio – Quanto ao comércio, a confiança passou de 103,8 para 100 pontos, em uma escala de zero a 200. Em médias móveis trimestrais, o índice variou 0,1 ponto, na sexta alta consecutiva.

A confiança caiu em oito dos 13 segmentos.Segundo o coordenador o pesquisador da FGV, Rodolpho Tobler, uma recuperação das vendas de maneira mais intensa ainda depende da melhora expressiva do mercado de trabalho e redução dos níveis de incerteza.

A percepção dos empresários sobre o momento presente, medido pelo Índice de Situação Atual, caiu 1,4 ponto, indo para 93,2 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a confiança nos próximos meses, recuou 6,1 pontos, ficando em 106,8 pontos.

Segundo a FGV, em fevereiro houve aumento das reclamações dos empresários com a demanda insuficiente, custo financeiro e virtual estabilidade do fator acesso ao crédito.

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