Brasil apoia apoia iniciativa do parlamento da Venezuela para afastar Maduro

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epa05090732 A general view of the National Assembly session in Caracas, Venezuela, 06 January 2016. After their emphatic victory in the 06 December parliamentary elections in Venezuela, the opponents of the socialist government took power on 05 January in the National Assembly. In a turbulent inaugural session, the deputies took their oaths, leaving President Nicolas Maduro's socialists out of the majority in the parliament for the first time in 16 years. EPA/MIGUEL GUTIERREZ

O governo do Brasil manifestou nesta sexta-feira (11) apoio à iniciativa do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o parlamentar de oposição Juan Guaidó, de convocar novas eleições em reação ao segundo mandato presidencial de Nicolás Maduro, considerado ilegítimo por Guaidó. Em nota, o Itamaraty reiterou a posição brasileira.

“O governo brasileiro saúda a manifestação do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, de estar disposto a assumir constitucionalmente a Presidência da Venezuela, diante da ilegitimidade da posse de Nicolás Maduro no dia 10 de janeiro”, diz o Itamaraty em nota.

Também em nota, o Itamaraty destaca a importância do respeito à autonomia dos Poderes no país vizinho. “O governo brasileiro reitera ademais a importância do respeito à integridade, autonomia e independência do Tribunal Supremo de Justiça legítimo da Venezuela.”

No documento, o Brasil reitera defesa em favor da democracia e o apoio para retomar a normalidade na Venezuela. “O Brasil continua comprometido a ajudar o povo venezuelano a recuperar a liberdade e a democracia e seguirá em coordenação com os demais atores imbuídos do mesmo propósito.”

Eleições – O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o parlamentar de oposição Juan Guaidó, apelou à população, aos militares e à comunidade internacional  para assumir o poder em substituição ao presidente reeleito, Nicolás Maduro (foto), que tomou posse quinta-feira (10) no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas. Guaidó defendeu a realização de eleições gerais no país.

“Eu me apoio nos artigos 233, 333 e 350 da CRBV [Constituição da República Bolivariana da Venezuela] para convocar eleições livres e a união do povo, das Forças Armadas Nacionais e da comunidade internacional para vencer essa usurpação”, disse Guaidó por meio de sua conta pessoal no Twitter.

Guaidó pediu que a população se mobilize em todo o país em 23 de janeiro contra o governo de Nicolás Maduro. Segundo ele, com apoio da comunidade interna e externa será possível enfrentar Maduro.

“Assumo o dever imposto pela CRBV [Constituição] e no Artigo 333, que obriga a todos os venezuelanos, investidos em autoridade, a lutar”, acrescentou Guaidó. “Para converter em realidade, necessitamos da soma da força nacional e internacional para obter sua plena aplicação.”

A Assembleia Nacional, formada por 545 parlamentares, foi esvaziada por Maduro. O Parlamento é dominado pela oposição.

Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Grupo de Lima, formado por 14 países incluindo o Brasil, se manifestaram contra a posse de Maduro. Para todos, a reeleição dele é ilegítimo e a alternativa é promover novas eleições.

(Agência Brasil)

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