Celso Gonçalo diz que futuro governador deveria diminuir importações

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O empresário Celso Gonçalo, natural de Pastos Bons, numa entrevista concedida à revista Maranhão Hoje que está nas bancas defende uma maior valorização das empresas locais e diz que o próximo governador (Flávio Dino pode ser reeleito) deveria trabalhar para diminuir o alto índice de importação para abastecimento do mercado local.

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Celso desde que se graduou firmou a convicção de que, independentemente do que viesse a exercer, seria sempre um engenheiro, por isto mesmo quase todos os dias visita canteiros de obras para verificar andamento de suas obras, debater projetos, analisar material utilizado etc. Ele dirige empresas de Construção Civil e revenda de motocicletas.

Apesar desta preocupação com as ações do poder público e de pertencer a uma família de políticos, ele nunca quis disputar eleição para ser parlamentar ou gestor e explica por quê: acho que cada deve cuidar daquilo que realmente entende.

Confira um trecho da entrevista:

 

Hoje em dia, mesmo estando à frente de empresas, o senhor ainda faz trabalho de campo como engenheiro?

– Eu procuro ser as duas coisas ao mesmo tempo, gestor e engenheiro, por isto, mesmo praticando a parte empresarial, cuidando das questões burocráticas, normalmente passo, quase todos os dias, nas obras que executamos. Discuto o seu ritmo de andamento, os projetos, o tipo de material utilizado, a execução…

E como analisa o setor de construção neste momento?

– Sinto que o setor está melhorando, em plena recuperação. Digo isto porque nossas empresas atuam tanto em incorporação quanto em construção e percebo que nos últimos meses os negócios vêm melhorando, as procuras aumentando. Pouco a pouco, vamos recuperando as perdas do passado.

Puxando para o outro segmento de sua atuação: Maranhão é um dos estados que mais vendem motocicletas. Isto se deve a quê?

– Em primeiro lugar é preciso levar em conta que a motocicleta é um veículo de fácil aquisição, facilita a locomoção. Uma moto é muito útil no interior do estado, ainda marcado por dificuldades de transportes para a população, e há ainda a facilidade que ela cria nos centos urbanos.

 

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Ainda é possível sonhar com aquele boom no setor de veículos?

– Acho que também neste setor o mercado é o que está aí. Jamais podemos sonhar com a volta daquele mercado de vendas extraordinárias, fora da nossa realidade.

 

Estamos num ano eleitoral, o que seria importante debater na eleição pelos candidatos a governador?

– A nossa maior carência é segurança jurídica. Temos também que facilitar os licenciamentos, financiamentos pelos bancos públicos…

Com quais setores o estado deveria estar mais atento?

– A Fiema apresentou um documento aos candidatos na eleição passada com um diganóstico sobre o que mais importamos. É só atentar para isto, descobrir as vocações regionais, valorizar as nossas empresas para que possam produzir o que hoje importamos em grande escala. Não podemos continuar importando 80% do que consumimos.

(A íntegra está disponível apenas na versão impressa)

 

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