AQUILES EMIR
Não poderia haver melhor início de pré-campanha rumo à Presidência da República para o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) do que a festa realizada neste sábado (05), no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, onde mais de 2 mil pessoas, de várias regiões, se concentraram para ouvi-lo. Recepcionado pelo senador Roberto Rocha, pré-candidato a governador do Estado, o presidenciável tucano se despediu do evento dizendo que “começamos com o pé direito”.
Num discurso didático, com a platéia em silêncio para ouvi-lo, Alckmin disse que, se eleito presidente, suas prioridades serão desenvolvimento e geração de empregos, Saúde, Segurança Pública e Educação, ações que, segundo ele, vão beneficiar a vida dos que estão angustiados por uma oportunidade de trabalho, dos que sofrem nas filas dos hospitais públicos, dos assustados pela violência (principalmente urbana) e dos que precisam de qualificação para disputar o mercado de trabalho ou empreender.
Cuidar bem das pessoas, principalmente dos mais necessitados, segundo Alckmin, é dever de todo homem público, e lembrou a história de uma mãe árabe que ao ser indagada sobre qual filho amava mais, assim respondeu: “o doente, até sarar; o ausente, até retornar; e o faminto, até se alimentar”, ou seja, não pode haver distinção entre as pessoas, mas sim atender as que estão em situação mais delicada.
Alckmin lembrou que foi o seu partido que criou, quando Fernando Henrique Cardoso era presidente, os programas sociais que foram ampliados nas gestões de Lula e Dilma, como Bolsa Família, Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida e outros, que tinham outras denominações: Bolsa Escola, Luz no Campo e PAR. “Foi importante o aumento que tiveram (nas gestões petistas), mas é preciso lembrar quem teve a sensibilidade para criá-los”, disse ele, afirmando ter esta vocação, pois, como médico, sua principal missão é melhorar as condições de vida das pessoas.
O ex-governador paulista disse que os eleitores precisam estar atentos também às mudanças que precisam ocorrer nos estados, por isto pediu apoio para que Roberto Rocha seja eleito governador; os deputados José Reinaldo (federal) e Alexandre Almeida (estadual) a senadores); e sejam eleitos muitos deputados estaduais e federais.
Coligação – Na sexta-feira (04), antes de participar de um debate com a classe empresarial, no Realle Vitali Buffet, Alckmin disse que a visita a São Luís era a arrancada para reverter os baixos índices de popularidade e anunciou que aguarda o anúncio da adesão de cinco partidos à sua candidatura, a partir de quando deve haver um crescimento nas intenções de voto a seu favor.
Indagado se estava negociando com MDB e o DEM, o ex-governador disse que não, até porque esses partidos têm pré-candidatos – Michel Temer (ou Henrique Meireles) e Rodrigo Maia, respectivamente – por isto não pode avançar sobre as legendas não definiram suas situações.
Na capital maranhense, Alckmin cumpriu uma agenda extensa, que começou na sexta-feira à noite, na Universidade Ceuma, onde participou de um debate com estudantes; seguido de um encontro com a classe empresarial; e neste sábado participou da inauguração da nova sede do partido, no bairro da Ponta d´Areia, e da festa com a militância, que reuniu caravanas de diversos municípios.