Compra e venda de apartamento explicariam “depósitos suspeitos”, diz Flávio Bolsonaro

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O deputado estadual e senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL) deu entrevistas neste domingo (20) a duas emissoras de televisão – Record e a RedeTV – para apresentar sua versão sobre movimentações atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os temas principais de ambas as entrevistas foram os depósitos sequenciais em sua conta e o pagamento de um título superior a R$ 1 milhão, que foram levantados sexta-feira (18) e sábado (19) pela Rede Globo.

Segundo Flávio Bolsonaro, as transações se referem a uma operação com imóveis. Ele relatou que comprou um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal e quando recebeu o imóvel da construtora, quitou parte do empréstimo e dividiu o restante em prestações. Depois, vendeu esse imóvel e recebeu outro em permuta, parte em transferência bancária e parte em espécie.

Segundo ele, o dinheiro em espécie foram R$ 96.000 depositados em sua conta em 2017. Como tudo foi feito por meio de caixas automáticos, foram necessários vários depósitos de até R$ 2 mil, o limite que as ATMs aceitam para esse tipo de operação.

Sobre os depósitos fracionados, disse que é empresário. Mostrou novamente o documento da venda do apartamento. Disse que não teve origem ilícita. Não explicou porque foi ao caixa automático.

Ainda de acordo com o senador eleito, toda a operação foi registrada e que o imposto devido na transação imobiliária teria sido recolhido. Ele não explica porque preferiu fazer 48 depósitos de R$ 2 mil se poderia depositá-lo de uma vez em uma agência bancária.

Nas duas entrevistas, Flávio Bolsonaro mostrou papéis que seriam da Caixa Econômica, mas alegou que só mostrará a autenticidade da papelada em juízo, pois a imprensa “não é o foro competente” para prestar os esclarecimentos.

Sobre a movimentação bancária de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor até o ano passado na Assembleia Legislativa do Rio, o senador disse isto “é responsabilidade dele”. Queiroz teria movimentado cerca de R$ 7 milhões em três anos, segundo dados do Coaf. O valor é incompatível com os vencimentos declarados que o ex-assessor recebia.

(Com dados do Poder360)

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