Depois de Lobão, Roseana Sarney também adere à campanha Lula Livre

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AQUILES EMIR

Depois do senador Edison Lobão, que num discurso enfático, semana passada, no Congresso Nacional, defendeu a liberdade do ex-presidente Lula, bem como seu direito de disputar a eleição deste ano (embora esteja impedido pela Leia da Ficha Limpa), nesta quinta-feira (28) foi a vez da ex-governadora Roseana Sarney também entrar na campanha Lula Livre. Numa postagem nas redes sociais, ela publicou uma foto abraçada ao ex-presidente com a frase “O Maranhão está com Lula, eu também estou”.

 

Numa entrevista ao jornal O Estado do Maranhão, na qual justificou a postagem, Roseana, que foi líder do ex-presidente no Congresso Nacional, disse que “Lula é meu amigo pessoal. Eu não abandono amigo, por mais difícil que seja a situação dele. Enquanto houver recurso possível na Justiça, estarei com ele nessa luta. E, no dia que não houver mais possibilidade de recurso, continuarei sendo amiga e grata por tudo o que ele fez pelo Maranhão”.

Apesar da defesa de Roseana a Lula, a maioria dos petistas no Maranhão defende aliança com o governador Flávio Dino (PCdoB), que tenta a reeleição. Ainda assim, um segmento da legenda advogada apoio à ex-governadora Roseana, numa reedição da campanha de 2010, quando o PT apresentou o vice, Washington Luiz (hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado).

No mês de dezembro, o ex-presidente e ex-senador José Sarney, reivindicando o fato de também ser amigo pessoal de Lula, disse que espera dele no mínimo neutralidade no Maranhão, ou seja, ela só teria a ganhar se não optasse por nenhuma facção no estado.

Vale ressaltar que desde 2002, ano da primeira eleição de Lula, PT e MDB (leia-se Grupo Sarney) sempre estiveram unidos no Maranhão. Além de apoiar a eleição do petista, Sarney esteve com ele na reeleição, em 2006, e nas duas eleições da ex-presidente Dilma Rousseff (também do PT), EM 2010 e 2014.

Lobão – No seu discurso, Edison Lobão disse que “não basta ter apenas a dimensão sem ter a disposição de até correr riscos ao dizer o que pensa e ao defender-se da injustiça. O Lula foi preso para não ser Presidente da República outra vez. Mas como se pode impedir o maior líder nacional – e isso já se disse tanto aqui; o maior líder não pelo que foi apenas, mas pelo que é hoje – de ter a oportunidade de se exibir, de corpo inteiro, aos perigos da noite de uma eleição nova? É contra isto que se levanta a ação sem provas. Esse som é que é um crime”.

O senador defendeu ainda a Operação Lava-Jato e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. “A Lava Jato, foi um bem; não foi um mal. Mas é necessário que ela não perca o seu rumo, não se desvie do seu objetivo. Os delatores têm feito um mal grande ao País, à medida que não provam nada do que afirmam. Enquanto isso, pessoas inocentes, vítimas dessas delações, estão aí presas, detidas”, disse.

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