Diminui no Maranhão o número de residências com pelo menos um automóvel

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AQUILES EMIR

A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD) com números do Maranhão, divulgada nesta quinta-feira (26), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que houve uma queda na quantidade de domicílios com automóveis. Em 2016, eram 373 mil residências com pelo menos um veículo (18,6%) e ano passado esse número caiu para 354 mil (17,5%).

Em São Luís foi registrada uma queda ainda mais acentuada. Em 2016, havia 120 mil residências com automóveis (36,5%) e, no ano passado, esse quantitativo diminuiu para 102 mil (31,5%).

Para o IBGE, o fenômeno está relacionado ao ciclo econômico, pois os dados da PNADC sobre o mercado de trabalho demonstram um enfraquecimento do mesmo no Maranhão entre o terceiro trimestre de 2016 até o quarto trimestre de 2017. No caso de São Luís, a taxa de desocupação se mostra elevada no decorrer de todo o ano de 2017.

A redução do número de veículos no estado do Maranhão está relacionada diretamente com o decréscimo verificado na capital, pois dos 19 mil domicílios que deixaram de possuir automóvel, 18 mil eram de São Luís.

No que diz respeito a motocicletas, o estado é quinto do país com maior número percentual de domicílios com posse desse tipo de veículo. Apesar de, em números absolutos, São Luís possuir uma grande frota desses veículos, presente em 37 mil domicílios, a cidade ocupa a 17ª posição no ranking das capitais.

Isso denota uma grande desconexão na posse desse bem ao se comparar São Luís com o restante do Maranhão. Inclusive, ao se confrontar os dados de 2016 e 2017, é notado uma redução do número de domicílios na capital com esse bem, mas no Maranhão ao contrário o número se expandiu.

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Outros bens – O Maranhão continua sendo o estado com o menor percentual de domicílios com microcomputador dentre todas as unidades da federação. Outro bem com pouca penetração nos domicílios maranhenses é a máquina de lavar roupa. Apesar da variação positiva de 25,5% para 26,7% de 2016 para 2017, o Maranhão é o penúltimo, em termos percentuais, como domicílios com acesso a esse bem.

Mesmo com da grande diminuição de domicílios que possuem apenas TV de tubo, com o percentual se reduzindo de 47,5% em 2016 para 41,5% em 2017, o Maranhão continua sendo o terceiro estado com o maior percentual de domicílios que possuem apenas esse tipo de aparelho nos domicílios. Os números mostram uma dificuldade de acesso para determinados bens de maior valor.

“Tal fato se coaduna com o dado da PNADC sobre o rendimento médio real habitualmente recebido por mês de todos os trabalhos, onde o Maranhão ocupa a última posição com o valor de R$ 1.299,00 (dados do quarto trimestre de 2017)”, diz o IBGE.

(Com dados do IBGE)

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