Edinho Lobão diz que se fosse eleito em 2014 ficaria mais pobre

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AQUILES EMIR

Numa entrevista concedida aos jornalistas Osvaldo Maia e Diego Emir, no programa Passando a Limpo, na manhã desta terça-feira (12), na Rádio Difusora AM, emissora de sua propriedade, o suplente de senador Lobão Filho (PMDB) disse que se tivesse sido eleito governador em 2014 iria dedicar 24 horas do seu dia à tarefa de administrar o estado e, certamente, sairia do governo mais pobre de como entrasse, já que iria deixar os seus negócios de lado para cuidar do povo. Segundo ele, este era seu propósito de vida, mas infelizmente a população optou por acreditar nas promessas do seu adversário, Flávio Dino (PCdoB), de que iria promover as mudanças, que, no seu entendimento, nunca aconteceram.

Por mais de um hora, Lobão Filho discorreu críticas ao governador, que, ao seu ver, está prejudicando o Maranhão por querer adotar aqui o modelo político e administrativo do comunismo. “Somos o único estado onde ainda tem bandeira vermelha com foice e martelo”, disse ele, numa referência à cor e ao símbolo dos comunistas. Por seguir essa cartilha, disse ele, o Maranhão tem hoje uma das folhas de pagamento mais inchadas do Brasil, por conta dos excessos de cargos comissionados, “a maioria dada a partidários do governador”, que, acrescentou, não leva em conta conhecimentos específicos dos nomeados para ocupar funções de grande relevância, como é o caso da Saúde.

Como não poderia deixar de ser, o suplente de senador criticou a maneira como vem sendo tratado o problema do Italuís, que teve sua nova adutora rompida, neste fim de semana, suspendendo o bombeamento de água do rio Itapecuru para São Luís. Segundo ele, o projeto original, que estava com 90% das obras concluídas, foi modificado, mas o governador, em vez de admitir o erro, mais uma vez jogou culpa nos adversários. “Vou revelar o que aconteceu: na madrugada de sábado, o José Sarney pegou uma picareta e furou os canos”, brincou.

Lobão Filho disse que lamenta estar o Maranhão com a economia em retrocesso, mesmo tendo todas as condições para se desenvolver, pois conta com portos, rodovias, ferrovias etc para se tornar uma potência. “Infelizmente temos tudo, mas não temos nada”, frisou. Para ele, o problema é que a política de Flávio Dino é aumentar impostos, para sustentar a sua pesada máquina administrativa, e com isso, persegue o pequeno comerciante, o pequeno criador e outros representantes do setor produtivo, através da Secretaria de Fazenda.

Num ponto, pelo menos, Lobão Filho parece concordar com Flávio Dino: a exemplo do governador, defende a candidatura de Lula para presidente da República. Ele disse que todas as denúncias contra o ex-presidente não se confirmam: um apartamento que nunca usou, um sítio de amigos etc. Apesar das acusações, da condenação em primeira instância, está disposto a trabalhar pela eleição do petista.

Embora defenda a candidatura do petista, elogia o atual presidente, Michel Temer, pois, na sua interpretação, está corrigindo os erros deixados por Dilma, que deixou um carro com a chave no contato, acelerado, mas sem comando, cabendo agora a Temer colocá-lo no rumo certo. Lobão Filho não tem dúvida de que em 2018 os índices de impopularidade do ex-presidente cairão, pois a população vai passar a compreender o quanto suas medidas são boas para o país.

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