Safra nacional de grãos vai chegar a 288 milhões de toneladas

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A safra nacional de grãos em dez anos poderá ser 288,2 milhões de toneladas, segundo estudo do Ministério da Agricultura. Isto é, 24,2% maior do que a safra atual e correspondente a uma taxa de crescimento de 2,6% ao ano. Após o aumento de 11% do PIB da agropecuária brasileira no ano passado (dado do IBGE), as projeções são de ampliação da área plantada com grãos em 17,3% até 2026/27, passando de 60,4 milhões para 70,8 milhões de hectares.

Para Rodrigo Furlan, sócio da consultoria empresarial Mazars, mesmo com os números amplamente favoráveis do ano passado, a produção brasileira está longe de atingir sua plenitude: “A perspectiva, a partir de agora, é de um crescimento equilibrado e sustentável”.

Uma das razões, segundo Furlan, é o cenário macroeconômico do país, com inflação controlada e juros mais baixos. Outro motivo é a restrição de área para cultivo no mundo: Os EUA têm cerca de duas vezes mais terras cultiváveis do que o Brasil, porém, com uma população 60% maior a ser abastecida e, principalmente, uma janela curta para a produção devido a condições climáticas adversas. Já a China tem a maior população do planeta (1,4 bilhão de pessoas) e pouca terra agricultável, que não alcança 5% da extensão territorial do país.

O sócio da Mazars diz que o foco dos grandes produtores será a expansão de seus negócios. A tendência natural será a atração de investimentos, consolidação de parcerias e, possivelmente, construção de conglomerados produtivos. Os investimentos, sobretudo internacionais, chegarão mais fortes ao agronegócio brasileiro.

Furlan alerta que, para se candidatar aos investimentos estrangeiros, o negócio precisa ser construído sob uma boa estrutura de governança, em especial, financeira. “O empreendedor deve se preparar para negociações de peso e se antecipar às exigências que virão automaticamente em uma expansão, como adequados processos de due diligence, com avaliação correta de ativos, organização do ambiente de controles internos, análise do desempenho histórico, antecipação de contingências e revisão do plano de negócios”, afirma.

Outra questão que ainda evoluirá, segundo Furlan, será o entorno da agropecuária, ou seja, o agronegócio como um todo (da porteira para fora). O planejamento para a evolução envolverá, além de investimentos em infraestrutura, o desenvolvimento de áreas ligadas a insumos, maquinários e serviços como transporte e armazenagem. O cenário, na prática, é otimista para 2018, puxado pela força da agropecuária brasileira e pela crescente demanda internacional por nossos produtos.

Sobre a Mazars – A Mazars tem hoje, no Brasil, cerca de 800 colaboradores distribuídos entre a sede em São Paulo e unidades no Rio de Janeiro, Curitiba, Ribeirão Preto, Campinas e Goiânia.  No mundo, o grupo Mazars possui mais de 20 mil colaboradores que atuam em 86 países dos cinco continentes oferecendo soluções em Auditoria, Consultoria, Assessoria em Transações, Serviços Tributários e Terceirização de Processos de Negócios.

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