Embrapa realiza dia de campo para debater alimentos biofortificados

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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realiza nesta quinta-feira (11), em Lima Campos, um dia de campo para demonstrar os benefícios da junção de duas tecnologias do Consórcio Rotacionado para Inovação na Agricultura Familiar (CRIAF) e os cultivos biofortificados para as principais culturas alimentares do Maranhão (arroz, feijão, milho, macaxeira e batata doce). O evento será no Povoado Supapinho e conta com apoio da secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca de Lima Santos, Rede BioFORT e Governo do Maranhão.

O evento terá visita técnica a duas estações do dia de campo: a primeria com o tema “As cultivares biofortificadas e o seu manejo no CRIAF – arroz BRS Pepita, mandioca BRS Dourada e milho BRS 4104”, a ser ministrado pelo analista da Embrapa Cocais Carlos Santiago; e a segunda sobre a “Batata doce Beauregard e feijão-caupi BRS Aracê biofortificado”, cujos palestrantes serão o secretário de agricultura do município, Terto Benevenuto de Alencar, e as equipes técnicas da secretaria e da regional da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão – Agerp de Pedreiras.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados dos sistemas consorciados e dos biofortificados, que têm ciclo de desenvolvimento mais rápido, propiciando boa produção e retorno financeiro. Queremos compartilhar os conhecimentos que recebemos da Embrapa para alcançarmos nosso sucesso”, diz Aldemar Tomé, dono do sítio em que os debates serão realizados.

O público-alvo são assistentes técnicos, professores, estudantes, extensionistas, produtores ligados à agricultura familiar das regiões de Lima Campos, Pedreiras e Médio Mearim, secretários de agricultura e representantes de entidades.

A biofortificação é uma técnica de melhoramento genético natural que aumenta o teor de micronutrientes dos alimentos que já fazem parte da dieta da população mais carente como vitamina A, ferro e zinco, promove uma melhora na qualidade nutricional e garante segurança alimentar para as famílias mais carentes, além de renda extra de forma mais rápido, tendo em vista o ciclo mais curto dos cultivos biofortificados em relação às culturas tradicionais. Além da qualidade nutricional, são também incorporadas boas características agronômicas, como produtividade, resistência à seca e a pragas.

O objetivo é combater fortemente a chamada “fome oculta”, que é a carência específica de micronutrientes. Para isso, o projeto BioFORT  busca também a promoção do aumento da produção e do consumo de alimentos biofortificados nas diversas regiões do Brasil, por intermédio do fortalecimento de uma rede para a transferência de tecnologias com abrangência nacional.

Frutos no Maranhão – No estado, os cultivos biofortificados foram implantados desde 2006, inicialmente pela Embrapa Meio-Norte. Atualmente, a atuação da Embrapa Cocais abrange duas frentes: as ações advindas do Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado do Maranhão, assinado em abril de 2017,  para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados, visando à segurança alimentar e nutricional, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes; e do projeto de transferência de tecnologia e de comunicação empresarial aprovado no âmbito do Macroprograma 4 da Embrapa, que engloba 38 Escolas Casas Familiares Rurais – CFRs, oito projetos sobre os sistemas agrícolas consorciados e 15 sobre Sistemas Integrados Alternativos para Produção de Alimentos, conhecido como “Sisteminha Embrapa”.

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