Empregados dos Correios decidem manter greve iniciada em abril

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Dos 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios, 26 decidiram nesta terça-feira (02), em assembleia da categoria, manter a greve iniciada no dia 27. Os demais sindicatos ainda não tinham informado o resultado até o fechamento desta matéria. Uma nova assembleia será feita na quinta-feira (4).

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, amanhã (3) haverá uma reunião, às 10h, com o presidente da empresa. Às 15h haverá uma mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Os sindicatos que mantiveram a paralisação são: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, São José do Rio Preto, São Paulo (capital, Vale do Paraíba, São José do Rio Preto, Campinas, Bauru e Ribeirão Preto) e Santa Catarina.

Segunda-feira (1º), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresentou uma proposta que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados. Com isso, os trabalhadores que irão gozar as férias em maio, junho e julho terão o pagamento dos valores até o teto de R$ 3,5 mil por empregado. O restante será parcelado em cinco vezes. Os Correios haviam suspendido as férias dos empregados a partir de maio, alegando não ter recursos para o pagamento dos benefícios.

Os trabalhadores não aceitaram a proposta da empresa, alegando que a medida garante apenas o retorno das férias para os meses de maio, junho e julho, prejudicando os demais empregados do segundo semestre. “As férias foram antecipadamente agendadas entre a empresa e o empregado, e a decisão de suspensão unilateralmente pela direção dos Correios descumpre o normativo da própria estatal”, disse a federação em nota.

Outro ponto em negociação não aceito pelos trabalhadores é a continuidade da mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na questão da porcentagem de participação da ECT no plano de saúde dos funcionários. A empresa, em sua proposta, disse que havendo uma contraproposta por parte dos sindicatos, a ECT poderá retirar a mediação do TST.

Entre outros pontos, os trabalhadores pedem ainda a suspensão do fechamento das 250 agências e a criação de comissão com participação dos empregados para tratar sobre o tema relacionado às agências.

Justiça – O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira, apresentou hoje uma proposta de acordo parcial com o objetivo de incentivar negociação entre os Correios e as federações representantes dos empregados.

Segundo o TST, o ministro propõe que a empresa reconsidere o ato que suspendeu o gozo das férias, pelo menos no mês de maio, e pede para os trabalhadores a suspensão ou o encerramento imediato da greve. Procurada, a ECT disse que aceitou a proposta do TST. “Para demonstrar que estão dispostos a negociar, os Correios decidiram aceitar a proposta e aguardam posicionamento das representações dos trabalhadores. A empresa confia no bom senso de seus empregados para encerrar a paralisação parcial, de forma a não prejudicar, ainda mais, sua sustentabilidade e a qualidade dos serviços prestados à população”.

(Agência Brasil)

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