AQUILES EMIR
A revelação de que o documento da Polícia Militar do Maranhão foi despachado para as unidades a fim de que houvesse um monitoramento dos adversários do governo e que “podem criar embaraços no pleito eleitoral” causou um mal estar no Palácio dos Leões.
Em sua página no Facebook o governador Flávio reagiu de forma indignada e disse que mandou apurar “por que esse oficial da PM assinou aquele papel absurdo”, sem citar o autor do despacho, garantindo apenas que “ele irá responder a processo disciplinar para esclarecer os fatos”.
Flávio Dino não deixou de levantar suspeitas sobre as motivações do oficial e insinuou se tratar de mais uma ação do “coronelismo maranhense, que vem tentando as mais diversas manobras para voltar ao poder”.
Pela manhã, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, disse a uma emissora de rádio, a Mirante AM, que já havia determinado a exoneração do oficial, assim como o comandante da PM, Cel. Jorge Luongo divulgou nota em que diz ser o comunicado descabido.
Veja a íntegra da postagem do governador:
Absurdo imaginar que um papel assinado por um oficial da PM possa ter a minha orientação, apoio ou concordância. Ao tomar conhecimento, mandei demitir o autor do papel disparatado.
Mandei também apurar por que esse oficial da PM assinou aquele papel absurdo. Ele irá responder a processo disciplinar para esclarecer os fatos.
Todos que acompanham a política do Maranhão sabem o nível de desespero do coronelismo maranhense, que vem tentando as mais diversas manobras para voltar ao poder.
Sou servidor público há 29 anos, exercendo funções nos 3 Poderes. Nunca cometi uma ilegalidade. Nunca respondi a processo. Tenho biografia que me protege de armações e fraudes. A turma do mal vai perder de novo.
Eis a íntegra da nota do Comando da Polícia Militar:
A Polícia Militar do Maranhão vem a público esclarecer que o documento que circula nas redes sociais onde supostamente se determina às Unidades do Interior que identifiquem lideranças antagônicas ao Governo Local e Estadual é um equívoco grave e sem precedentes, não autorizado pelo Comando da Instituição Policial Militar, que na sua gênese procurava tão somente catalogar dados informativos e estatísticos que subsidiassem um banco de dados para a elaboração do planejamento do policiamento das eleições 2018.
Informa que logo que este equívoco foi identificado, tomou medidas imediatas para corrigir tal erro e tornar sem efeito tais medidas, assim como instaurou um procedimento de apuração legal para as devidas providências que o caso requer.
- Coronel PM Jorge Luongo
- Comandante geral da Polícia Militar do Maranhão