General que comparou governo de Temer ao de Sarney será demitido

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AQUILES EMIR

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou à revista Veja que o presidente Michel Temer (PMDB) vai exonerar do cargo de secretário de Economia e Finanças do Exército o general Antônio Hamilton Mourão. Defensor da candidatura do deputado Jair Bolsonaro, o general, defendeu num palestra, quinta-feira (07), uma intervenção militar no país e acusação o presidente de fazer do governo um  “balcão de negócios” para se manter no poder.

Além de Michel Temer, Hamilton Mourão ofendeu o ex-presidente José Sarney ao dizer que atual mandatário da Nação está fazenda no governo uma “sarneyzação”, referindo-se aos acordos feitos entre 1985 e 1989 para a garantia dos cinco anos de mandato do então presidente.

Mourão, após a demissão vai ficar sem função até chegar o tempo de ir para reserva, o que deve ocorrer em março do próximo ano. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, indicou o também general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira para sucedê-lo.

A polêmica envolvendo Hamilton Mourão ocorreu no Clube do Exército, em Brasília, onde proferiu palestra a convite do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma). Na sua fala, elogiou a pré-candidatura presidencial do deputado e capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro, defende

u a intervenção militar no país e criticou o presidente Michel Temer.Uma das frases mais contundentes foi quando disse que “não há dúvida de que atualmente nós estamos vivendo a famosa ‘sarneyzação’ (numa referência ao governo do ex-presidente José Sarney). O nosso atual presidente vai aos trancos e barrancos buscando se equilibrar e mediante o balcão de negócios chegar ao final de seu mandato”.

Em setembro deste ano, o mesmo general falou três vezes sobre a necessidade de uma intervenção militar no Brasil, ao proferir palestra a maçons. Disse ele na oportunidade: “Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.”

Apesar da gravidade do discurso, o Exército e o Ministério da Defesa fizeram um acordo para não puni-lo. Desta vez, ele será.

(Com dados da Veja)

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