O autoproclamado “presidente interino” da Venezuela, Juan Guaidó, viajou em dezembro aos Estados Unidos, Colômbia e Brasil para coordenar as sua estratégia antigovernamental, informou a agência AP, citando aliados do opositor e funcionários diplomáticos dos países latino-americanos, EUA e Canadá.
Segundo o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, exilado na Espanha, nos meados de dezembro, Guaidó viajou em segredo a Washington, Bogotá e Brasília para informar altos funcionários locais de como a oposição venezuelana desencadearia protestos, fazendo-os coincidir com a posse do presidente Nicolás Maduro para o novo mandato que teve lugar em 10 de janeiro.
Em Bogotá Guaidó afirmou que se autoproclamaria presidente venezuelano em 23 de janeiro, segundo a fonte da AP. O autoproclamado presidente saiu alegadamente da Venezuela por via terrestre para evitar o controle migratório.
A mesma fonte informou que as conversas sobre o movimento antigovernamental se realizaram através de mensagens de texto, enquanto um funcionário dos EUA disse à agência que recorreu a intermediários para contatar o mentor político de Guaidó, o opositor venezuelano Leopoldo López, que se encontra em prisão domiciliar.