Sem insumos, indústrias de bebidas suspendem sua produção

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AQUILES EMIR

As indústrias de bebidas de São Luís podem suspender suas atividades a partir desta terça-feira (29) por falta de insumos para produção de refrigerantes, sucos, energéticos e até mesmo de cerveja. O alerta é do presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas do Maranhão (Sindbebidas), Francisco da Rocha, proprietário da Indústria Psiu. Segundo ele, além da falta de insumos, não faz sentido continuar produzindo sem ter como levar os produtos até os distribuidores.

De acordo com Francisco da Rocha, desde a semana passada a indústria passou a funcionar somente até às 15h, a fim de não aumentar o estoque desnecessariamente e na esperança de manter um ritmo, ainda que menor, até a paralisação dos caminhoneiros ser suspensa. Ele é taxativo ao afirmar que a maioria das indústrias não terá como continuar funcionando se não começar receber matéria até esta terça. No caso da Psiu já está determinada a paralisação, a partir de amanhã.

Segundo o empresário, desde a semana passada que as indústrias não vêm conseguindo mandar suas produções para as cidades do interior e para outros estados, pois os caminhões não fazem o recebimento e os que pegaram a estrada estão retidos. O preocupante é que tratam-se de produtos perecíveis, ou seja, se passarem muito tempo expostos tornam-se imprestáveis para o consumo.

Embora não queira fazer alarme, Francisco da Rocha disse que a continuar a situação nos próximos dias vai começar a falta água engarrafada em algumas cidades do interior e também na capital porque os caminhões estão trafegando com limitação de combustível e no caso onde o atendimento obriga passagem por BR o carro não passa. Além disto, as empresas precisam de material para embalagem, que não está chegando.

São Luís tem, além da Psiu, a Ambev, Coca-Cola e Ríver, como fabricantes de água, refrigerantes, sucos, energéticos, bebidas alcoólicas (cerveja) etc. Outras indústrias, como é o caso da Schin (pertencente ao Grupo Heineken), sediada em Caxias, funcionam no interior e não estão conseguir transportar sua produção nem para os municípios vizinhos, muitos para a capital.

Ainda que houvesse insumos disponíveis, o presidente do Sindicato diz que não faria sentido continuar com as máquinas em operação e não ter como vender, ou seja, consumo de energia e outros itens em vão.

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