Maranhão teve 48 ônibus incendiados entre 2004 e meados de 2018, segundo a CNT

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AQUILES EMIR

O Maranhão registrou, de 2004 a 2018 (dados coletadas até junho), 48 ônibus incendiados em protestos por motivações diversas. Os números são da publicação “Fogueiras da insensatez – por que queimam os ônibus no Brasil”, divulgada nesta terça-feira (22) pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

De acordo com o levantamento, o Brasil teve 4.330 ônibus queimados entre 1987 e meados de 2018. Os incêndios criminosos resultaram na morte de 20 pessoas e outras 62 gravemente feridas. A quantidade total de ônibus incendiados desde o início do estudo é maior que as frotas de ônibus das cidades de Curitiba e Salvador juntas.

O documento tem como objetivo identificar as possíveis causas do problema, suas principais implicações e consequências, bem como potenciais soluções ou formas de mitigação.

​Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, a divulgação das informações constantes na publicação pode contribuir para a busca de soluções plausíveis e viáveis para tantos casos que passam impunes pela Justiça e que afrontam e prejudicam os operadores dos serviços e a sociedade que faz uso e depende do transporte público. “Esse é um tipo de violência que causa ferimentos, incapacidades temporárias ou permanentes e perda de vidas humanas, além de prejuízos significativos para operadores e usuários do sistema, e para a economia como um todo”, conclui.

Ainda de acordo com o presidente da CNT, “trata-se de um fenômeno tipicamente brasileiro, que assola as maiores cidades do país há décadas e que começou como forma de chamar a atenção da opinião pública e de autoridades para problemas específicos, mas que, nos últimos anos, ultrapassou todas as fronteiras do bom senso, sendo responsável por mortes, pessoas feridas e destruição. Por trás de ocorrências assim, há criminosos de todos os tipos, que agem principalmente em represália a medidas de combate ao crime organizado dentro e fora das prisões”.

(Com dados da Agência CNT)

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