Maranhão vai receber cerca de R$ 2,8 milhões em investimentos para projetos ecossociais

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Ações vão beneficiar diretamente mais de 2.700 famílias em áreas como raça, etnia, educação, agroextrativismo, juventude e gênero

Cerca de 80 pessoas, entre técnicos e integrantes de organizações e associações, estarão reunidas, até sexta-feira (14), em Imperatriz, representando 20 projetos selecionados pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Ao todo, serão investidos quase R$ 4,2 milhões nos estados do Maranhão e do Tocantins em ações comunitárias que buscam o uso sustentável da biodiversidade contribuindo com impactos ambientais globais positivos às mudanças climáticas.

Somente no Maranhão, serão apoiados 15 iniciativas, com investimento total de quase R$ 2,8 milhões.

A proposta do encontro é que os participantes conheçam e troquem experiências sobre as iniciativas aprovadas na região, identificando oportunidades de articulações entre as instituições e capacitando as organizações executoras sobre a gestão dos projetos, como execução, monitoramento, prestação de contas, estratégias de comunicação, e elaboração dos relatórios de atividades e financeiro.

Os projetos foram selecionados por meio do 25º edital público do Fundo de Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS), com recursos do Fundo Amazônia/ Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Durante a última edição, foram selecionadas 32 propostas, sendo 15 a serem executadas no Maranhão, envolvendo agricultores familiares, assentados, quilombolas, povos indígenas e pescadores.

O PPP-ECOS atua com diferentes questões como raça, etnia, educação, agroextrativismo e juventude, além do incentivo ao protagonismo das mulheres em projetos comunitários. A questão ambiental é aliada às pautas sociais. Os projetos vão beneficiar diretamente cerca de 2.700 famílias.

Uma das iniciativas contempladas foi a da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema). “Com o nosso projeto, pretendemos criar uma cadeia de produção e comercialização de polpa de frutas oriundas de sistemas agroflorestais para agregar valor econômico, gerar renda, possibilitar acesso a mercados formais pelas famílias e contribuir para aumentar a biodiversidade nos babaçuais”, explicou a coordenadora da Assema, Silvianete Carvalho.

Para o coordenador do Programa Amazônia do ISPN, Rodrigo Noleto, os projetos vão oportunizar uma melhoria de vida das famílias nas suas regiões de atuação que, por sua vez, atuam pela manutenção dos serviços ecossistêmicos que beneficiam toda a sociedade.

“Nosso olhar ecossocial valoriza meios de vida produtivos e sustentáveis. A estratégia institucional que adotamos para esse caminho é a promoção do PPP-ECOS. Um fundo que atua para promover a conservação ambiental e o equilíbrio climático aliados ao uso sustentável da biodiversidade, além de fortalecer a segurança alimentar, gerar renda e promover vida digna no campo por meio de diálogos e ações que assegurem o protagonismo comunitário em sintonia com o enfrentamento das desigualdades sociais”, ressaltou Noleto.

Além da equipe técnica do ISPN, a programação contará com representantes de instituições do estado do Maranhão, como Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP), Secretaria de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e empresa Suzano.

Sobre o ISPN – O ISPN é uma organização que desde 1990 atua no campo socioambiental, apoiando povos e comunidades tradicionais, agricultores e agricultoras familiares e suas organizações de base em diversos territórios do Brasil. Incentiva a participação social em espaços de elaboração, implementação e governança de políticas públicas, com diálogos entre diversos segmentos, redes da sociedade civil e esferas de governos. E ainda promove a produção e gestão do conhecimento, com a valorização dos saberes e práticas locais, fortalecendo a relação entre pesquisadores e comunidades e fomentando a inclusão socioprodutiva por meio da democratização do acesso a recursos financeiros. Atualmente, a instituição tem escritório em Santa Inês (MA) e Brasília (DF).

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