Maranhense consome em média 49,5 quilos de arroz por ano, revela pesquisa do IBGE

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O Maranhão é o maior consumidor domiciliar per capita de arroz do Brasil – com consumo de 49,580 kg ao ano. Esse número faz parte do módulo Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos da Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando se compara a evolução da aquisição de alimentos, observa-se que, após recuo significativo entre 2002/03 a 2008/09, – 51,8%, o consumo de arroz nos domicílios maranhenses subiu 181,7%, entre 2008/09 a 2017/18.

Por outro lado, percebeu-se um quadro contínuo de queda no consumo de feijão (-48,4%), bem como de farinha de mandioca (-77,2%), na comparação temporal 2002/03-2017/18. Enquanto cresceu o consumo de pescado de água salgada, ao longo das 3 POFs, decresceu o consumo de pescado de água doce, isso de modo linear.

Interessante, ainda, observar queda no consumo de sal de cozinha e de óleos, além de refrigerantes, os quais são tidos como alimentos/bebidas que têm fortes implicações para o estado de saúde das pessoas ao longo da vida.

Aquisição de laticínios – Ao longo dos últimos 15 anos, vem caindo o consumo domiciliar per capita de laticínios, – 63,8%, farinha, féculas e massas, -57,6%, cereais e leguminosas, – 33,9% e de açúcares, doces e produtos de confeitaria, – 25,4%.

Por outro lado, aumentou, de modo contínuo, a aquisição domiciliar per capita de aves e ovos, 40,5%, bebidas e infusões, 193%, alimentos preparados e misturas industriais, 111,1%. De um modo geral, essas alterações no consumo domiciliar de grupos de alimentos per capita seguiram um padrão nacional.

Apesar da contínua redução da aquisição de cereais e leguminosas, dentre todas as unidades da Federação, o Maranhão possui a maior quantidade domiciliar per capita anual desse grupo de produto. Inclusive, o consumo, no estado, é praticamente o dobro da média Nordeste e Brasil.

Em relação ao grupo pescados, o consumo domiciliar per capita somente é menor que três estados da região Norte: Amazonas  (13,998 kg/ano), Amapá  (13,597 kg/ano) e Pará (11,141 kg/ano).

Bebidas alcoólicas – Enquanto de 2002/03 para 2008/09, a aquisição para o domicílio de bebidas alcóolicas tendeu a um aumento, no intervalo de 2008/09 a 2017/18, houve recuo. Em nível de Brasil, Nordeste e Maranhão, a queda foi de -1,1%, -15,9% e -31,4%.

No que concerne às bebidas não alcóolicas, há um contínuo aumento em todos os três espaços territoriais analisados, sendo que o Maranhão deu um salto de 253,4% na comparação 2002-03 com 2017/18. O Nordeste apresentou elevação de 100,3% e o Brasil teve aumento de 17,3%. No caso do Maranhão, o aumento se deu muito fundamentalmente por causa da expansão do uso de água mineral em domicílio.

Alimentos in natura – A avaliação da disponibilidade domiciliar de alimentos foi feita com base numa classificação conhecida como NOVA, que divide os alimentos segundo a extensão e o propósito do processamento industrial a que foram submetidos antes de sua aquisição pelos indivíduos. A classificação NOVA compreende quatro grupos: alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados.

O Maranhão tem uma participação relativa de alimentos adquiridos para alimentação domiciliar classificados como in natura e minimamente processados maior que a média do Brasil e de todas as regiões. Há uma forte tendência dessa participação quanto menos desenvolvido socioeconomicamente for o espaço territorial objeto de análise.

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