Ministro da Defesa, Raul Jungmann, estreita parcerias com Emirados Árabes

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As relações bilaterais e a parceria entre as indústrias de defesa são os principais temas das visitas oficiais que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, está cumprindo no Oriente Médio nesta semana.  Entre os dias 04 e 07, a agenda foi realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Nesta quinta-feira (07), Jungmann se reuniu com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi e vice-comandante supremo das Forças Armadas, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. A aproximação com o Brasil tem caráter estratégico, em relação à diversificação de fornecedores de material de Defesa. O encontro fortalece o incentivo a negócios na área da indústria de defesa, como aquisição de produtos e estabelecimento de parcerias industriais – sistemas terrestres e navais.

Ao longo do dia 06, o ministro da Defesa brasileiro esteve com representantes da base industrial de defesa, que o acompanham na viagem. Juntos visitaram a empresa Yahsat, uma fábrica de satélites e equipamentos de comunicação, do grupo Mubadala, e em seguida, a comitiva seguiu para o parque Industrial Tawazun.

No dia 05, Jungmann foi recebido pelo ministro da Defesa, Mohammed bin Ahmed Al Bowardi, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Abdullah bin Zayed bin Sultan Al Nahyan.

Durante os encontros, foram compartilhadas as visões sobre as agendas estratégicas regionais e globais, bem como sobre a cooperação na área de defesa, os investimentos e a continuidade de discussões já em andamento, que fortalecem as relações entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Abdullah bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, atuou na expansão das relações diplomáticas com países na América Latina, do Pacífico Sul da África Sub-Saariana e do Leste Asiático, bem como fortaleceu os laços com os países ocidentais.

Entre os interesses em comum estão as possibilidades de investimentos e aquisição de produtos brasileiros como o KC-390 e Astros 20-20 MK-6; de intercâmbio de soluções para vigilância de áreas terrestres – SISFRON; e da participação no desenvolvimento da Corveta Tamandaré. Há convite para que os EAU participem da LAAD 2019.

O ministro Jungmann reforçou a importância da diplomacia de defesa como forma de fortalecer o nível das relações entre o Brasil e os países de todo o mundo: “No Oriente Médio, especificamente, defesa e segurança são agendas prioritárias. Estes encontros permitirão que sejamos ouvidos e possamos estabelecer uma cooperação em tecnologia e inovação industrial”, destacou o ministro brasileiro.

Seu contraparte emirático, Mohammed bin Ahmed Al Bowardi, reforçou essas palavras. “Uma relação comercial saudável entre dois países começa quando um bate na porta e o outro atende. São encontros como estes que fortalecem a confiança e concretizam parcerias de sucesso a longo prazo”, disse ele.

Relação – Em outubro deste ano, foi realizada a primeira reunião do comitê bilateral de temas de defesa, em Brasília. Após o encontro, foi definida uma ata com pontos de ação relacionados ao intercâmbio acadêmico e visitas às unidades militares.

Entre as possibilidades discutidas estão vagas em curso de Estado-Maior nos Emirados Árabes e a visita de uma delegação brasileira com o objetivo de conhecer instituições militares e empresas de defesa dos EAU.

Em 2014, durante uma visita do xeique Mohammed Bin Rashed Al Maktoum, vice-presidente, primeiro-ministro e ministro da Defesa dos EAU e emir de Dubai, foi assinado acordo de cooperação na área de defesa, o primeiro do tipo assinado pelo Brasil com um país do Oriente Médio.

Os EAU são, atualmente, importante entreposto comercial, “hub” logístico e centro de negócios. Hoje, aproximadamente 30 empresas brasileiras contam com escritórios comerciais no país, utilizando-o como plataforma para suas exportações na região.
A Agência de Promoção das Exportações e Investimentos (APEX-Brasil) mantém um escritório em Jebel Ali, zona franca de Dubai, para auxiliar empresas brasileiras que pretendam se estabelecer nos Emirados.

Os investimentos bilaterais tem assumido, também, papel cada vez mais relevante, impulsionando o desenvolvimento de ambos os países. O estoque de investimentos emiráticos no Brasil é de aproximadamente US$ 5 bilhões.

Os Emirados, por intermédio da empresa Calidus, desenvolvem com a brasileira Novaer, a aeronave B250, que se encontra em fase de certificação.

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