Mortes por armas de fogo aumentam 120,5% no Maranhão de 2007 a 2017, segundo Atlas da Violência

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AQUILES EMIR

O Maranhão registrou em 2017, um total de 1.483 assassinatos com arma de fogo, o que corresponde a mais do dobro das ocorrências registradas uma década antes, quando esse número era de 602 em 2007, o que representa uma evolução de 120,5%. Os dados são do Atlas da Violência 2019, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira (05).

De acordo com a estatística, esse número corresponde 21,2 assassinatos por essa modalidade de crime por cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto em 2007 essa proporção era de 9,6, uma das mais baixas do país, à frente apenas do Amapá (9,4), Acre (7,3), Roraima (6,7), Tocantins (6,5), Santa Catarina (6,2) e Piauí (6,0).

Nesse intervalo de 11 anos, o registro mais negativo foi em 2015, quando o estado registrou 24,9 mortes por armas de fogo para cada 100 mil habitantes. De lá para cá foram registrados recuos: em 2016 caiu para 23,4 e em 2017 para 21,2, quando o Maranhão passou a ter índice próximo ao de 2013, quando a proporção foi de 20,3.

No que se refere às mortes violentas por todas as modalidades, o Maranhão chegou a 2017 com 2.180 registros, o que dá um índice de 31,1 para cada 100 mil habitantes. Em 2007, foram 1.127, o que dá uma proporção de 18,0, ou seja, a variação no período foi de 73,1%.

Juventude – No que se refere às mortes de jovens, em 2017 foram 59,8 casos por 100 mil, índice abaixo da média nacional, que foi de 69,9. De acordo com o Atlas da Violência,  entre 2016 e 2017, os estados com os maiores aumentos na taxa de homicídios de jovens foram Ceará (+60,0%), Acre (+50,5%), Pernambuco (+26,2%), Rio Grande do Norte (+21,3%) e Espírito Santo (+20,2%). As diminuições mais expressivas ocorreram no Distrito Federal (-21,3%), no Piauí (-13,9%) e no Paraná (-13,3%).

Feminicídio – São Paulo é o estado com menor taxa de homicídios femininos, 2,2 por 100 mil mulheres, seguido pelo Distrito Federal (2,9), Santa Catarina (3,1) e Piauí (3,2), Maranhão (3,6) e Minas Gerais (3,7). Foram 127 mulheres assassinadas em 2017, um aumento de 46% na comparação com 2016 e de 101,6% na comparação com 2007.

Em termos de variação, reduções superiores a 10% ocorreram em seis Unidades da Federação, a saber: Distrito Federal, com redução de 29,7% na taxa; Mato Grosso do Sul, com redução de 24,6%; Maranhão com 20,7%; Paraíba com 18,3%, Tocantins com 16,6% e Mato Grosso com 12,6%.

 

 

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