Presidente reeleita de Taiwan prega sua independência da China

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A atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, vai para um segundo mandato após vencer seu rival nas eleições presidenciais deste sábado (11). Em uma conferência de imprensa, Tsai disse que o resultado tem um significado especial: mostra que as pessoas de seu país vão gritar sua determinação ainda mais alto quando sua soberania e democracia estiverem ameaçadas, mas a China reagiu a essa provocação.

“Quero mais uma vez exortar as autoridades de Pequim a lembrá-las de que paz, paridade, democracia e diálogo são as chaves da interação e do desenvolvimento estável a longo prazo. Essas quatro palavras também são o único caminho para reunir e beneficiar nossos dois povos”, disse Tsai.

A Comissão Central de Eleição disse que Tsai teve um recorde de mais de 8 milhões de votos. O candidato do Partido Nacionalista, seu principal rival, Han Kuo-yu, teve 5,5 milhões.

Mais cedo, Han disse que ele não conseguiu vencer, pois seus esforços não foram suficientes. “Eu pedi à presidente Tsai para trabalhar duro nos próximos quatro anos, para que as pessoas de Taiwan possam viver mais felizes”, disse Han.

As relações de Taiwan com a China foram um fator decisivo na eleição. Tsai capitalizou em cima dos protestos em Hong Kong, chamando o princípio de “um país, dois sistemas” de Pequim de um fracasso. Han também criticou esse princípio, mas em sua campanha prometeu melhorar as relações com a China.

Os nacionalistas dizem que a tendência de Tsai de inclinar-se para a independência isolaria o território da comunidade internacional, mas isso não repercutiu com uma população preocupada com a crescente influência de Pequim.

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China – Pouco após a confirmação de que a atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, o governo da China voltou a se opor às manifestações pró-independência da ilha. “Opomo-nos veementemente a qualquer forma de independência de Taiwan”, disse o porta-voz do gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, Ma Xiaoguang, num breve comunicado divulgado pela imprensa estatal chinesa.

Ma lembrou que o governo chinês continuará estimulando a “reunificação pacífica” entre Taiwan e a China, por meio da aplicação do princípio “um país, dois sistemas” – o mesmo que já vigora em Hong Kong e Macau, territórios que já estiveram sob administração inglesa e portuguesa, respectivamente, e que, hoje, são regiões administrativas especiais consideradas partes do território chinês, mas com relativa autonomia em várias áreas de governo.

O porta-voz chinês disse também que a China está “disposta a trabalhar” com os “compatriotas de Taiwan para promover o desenvolvimento pacífico das relações” entre China e Taiwan, mas sem abrir mão da proposta de “reunificação pacífica da pátria mãe”, negando a possibilidade de uma Taiwan independente.

(Agência Brasil com informação de NHK, emissora pública do Japão)

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