Em apenas vinte dias, maranhenses já pagaram este ano mais de R$ 1,6 bilhão em impostos

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Em apenas vinte dias, os maranhenses já pagaram este ano mais de R$ 1,6 bilhão em impostos, levando-se em conta os tributos federais, estaduais e municipais, sendo que somente na capital o volume ultrapassa R$ 57 milhões. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mostra que até esta segunda-feira (20), os brasileiros já haviam pago mais de R$ 170 bilhões e até sexta-feira (24) terão desembolsado R$ 200 bilhões.

De acordo com a ACSP, o valor já desembolsados pelos maranhenses soma R$ 1,616 bilhão Os impostos pagos somente na capital correspondem R$ 57,335 milhões. O aumento na arrecadação, no entanto, não é necessariamente uma má notícia, segundo Emílio Alfieri, economista da ACSP.

“O aumento na arrecadação dos impostos é algo natural se estiver relacionado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Então, como o governo não está mudando as alíquotas, é possível ver com bons olhos essa variação positiva dos primeiros dias de 2020”, explica Alfieri.

Segundo o economista, o estímulo ao crédito para pessoas físicas é um dos fatores que têm ajudado no crescimento econômico do país, o que afeta positivamente a receita com impostos arrecadados pelo governo. “A redução na taxa básica de juros e a política do governo de estimulo para tomada de crédito para pessoas físicas têm ajudado a aumentar essa arrecadação, sem que seja preciso aumentar as alíquotas”, afirma o economista.

Alfieri alerta, no entanto, que o governo Federal precisa “conter os ânimos” com relação a sinalização de aumento da arrecadação via tributos.

Embora engordar os caixas do governo seja importante para a redução do déficit primário, que deverá ser de R$ 110 bilhões em 2020 segundo projeção do Ministério da Economia, há caminhos alternativos para esse fim, como, por exemplo, a redução dos gastos.

“O governo não pode cair na tentação de querer aumentar a arrecadação para tentar reduzir mais rapidamente o déficit primário. Não há espaço para elevar os impostos, ou criar novas taxas, sem que isto afete o crescimento econômico”, alerta.

Para Alfieri, a economia do País está no rumo certo para sair da crise. Mas é possível acelerar o processo. “Se mantivermos o ritmo atual, é possível retomar os níveis econômicos de 2014 em até quatro anos. Mas se houver uma reforma fiscal mais abrangente, e uma simplificação tributária, podemos recuperar os bons números já em dois anos”, finaliza.

Série Histórica Impostômetro:

2014R$ 1.913.945.777.706.00
2015R$ 1.992.868.462.040,52
2016R$ 2.004.536.531.089,32
2017R$ 2.172.053.819.242,78
2018R$ 2.388.541.448.792,42
2019R$ 2.504.853.948.529,48

 

Impostômetro: O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista. Outros municípios e capitais se espelharam na iniciativa e instalaram seus painéis.

No portal www.impostometro.com.br é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria.

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