Nova diretora da Embrapa Cocais diz que ninguém vai desenvolver o Maranhão sozinho

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Ao tomar posse em caráter oficial no cargo de chefe-geral da Embrapa Cocais, a pesquisadora Maria de Lourdes Brefin disse que os desafios para desenvolver o Maranhão não será alcançado por nenhuma pessoa isoladamente, mas “juntos podemos”. A cerimônia, realizada na Federação das Indústrias, contou com as presenças, dentre outros, do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Antônio Lopes, e do governador do Maranhão, Flávio Dino, que assinaram Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado  para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados, visando à segurança alimentar e nutricional, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes.

A nova gestora assumiu o compromisso de contribuir para o desenvolvimento do Estado por meio da pesquisa, ciência e tecnologia. “Já fui gestora de outro Centro da Embrapa, antigo e muito importante, a Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, mas agora tem gosto especial e traz novos desafios: ser responsável pela consolidação de um novo centro de Pesqusa e Desenvolvimento da Embrapa, no meu estado e região: A Embrapa é minha casa e o Maranhão, o meu estado de origem, a minha terra natal, o meu solo”.

Maria de Lourdes explicou, em seu discurso, que o Maranhão, por ser uma área de transição entre os biomas Amazônia (34%), Cerrado (46%) e Caatinga (1%), resulta numa ampla diversidade de clima, vegetação e solos e uma grande riqueza de águas e sistemas de produção agropecuários, desde o extrativismo até a agricultura empresarial. Por outro lado, tem grandes diferenças socioeconômicas e de desenvolvimento. Segundo ela, esse descompasso entre riqueza gerada e os índicos de desenvolvimento humano pode ser transformado pela pesquisa agropecuária. “Esse caldeirão de diversidade traduz em um enorme desafio, tanto para nós, pesquisadores e gestores de ciência e tecnologia, quanto para nossos governantes políticos. Nesse cenário, é preciso trabalhar com todos os públicos, institucionalmente e sem fronteiras, para alcançarmos o desenvolvimento tecnológico sustentável da agropecuária do Maranhão e regiões. Eu não acredito que ninguém fará isso sozinho. Juntos, podemos”.

O presidente da Embrapa reforçou a importância estratégica da Unidade devido à sua localização geográfica e os imensos desafios para a nova gestão e sua equipe na consolidação do Centro de Pesquisa no Maranhão e região. “Estamos fincando nossa atuação de rede nacional de pesquisa agropecuária nesse importante estado da nossa Federação. O desafio é grande, e eu gostaria de ver todas as Unidades da Embrapa trabalhando no Maranhão, com suas competências, seus processos e estruturas, para a consolidação da Embrapa na região e para que o estado possa desenvolver suas potencialidades natas”.

Segundo Antônio Lopes, a ciência já comprovou, várias vezes, ser motor de desenvolvimento, com sustentabilidade. “Se quisermos ir rápidos, vamos sozinhos. Se quisermos ir longe, temos de ir juntos. Maria de Lourdes está abraçando esse desafio. Confio em sua longa trajetória como pesquisadora e gestora, seu conhecimento da localidade, sua experiência como articuladora nacional e internacional. E sendo ela da terra, tem motivação a mais”.

O governador do estado, Flávio Dino, ratificou a confiança na gestão e na Embrapa. “A instituição reúne condições para transformar a agricultura e a economia do estado do Maranhão. Afinal a agricultura e a pecuária brasileiras nunca nos faltaram, inclusive nos momentos de crise e incertezas, superando ano a ano safras recordes. E sem a excelência de pesquisa da Embrapa isso não seria possível”.

O ex-chefe-geral da Embrapa Cocais, Valdemício Ferreira, agradeceu, em seu discurso, a equipe e os parceiros presentes durante os seis anos que esteve á frente da Unidade e desejou sucesso à nova gestão.

Presidente da Embrapa fala dos desafios da empresa para desenvolver o estado

Ações realizadas – A nova gestão da Embrapa Cocais adotou ações voltadas para a rediscussão do foco da Unidade e de sua atuação, bem como das cadeias priorizadas e a atualização da Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PD&I e Transferência de Tecnologia – TT para o curto e médio prazos e para a ampliação das parcerias com Unidades da Embrapa com instituições públicas e privadas, especialmente de ensino, pesquisa e extensão, nos níveis municipal, estadual e nacional.  E, ainda, ações de indução de novos projetos de pesquisa para o atendimento de demandas prioritárias das principais cadeias produtivas da região.

As ações de TT terão forte vertente associada às políticas públicas e aos programas de governo. A prospecção e a sistematização de demandas, por sua vez, serão feitas a partir de diálogos contínuos com a sociedade, tendo com norteador a avaliação de impactos econômicos e socioambientais das Tecnologias Produtos e serviços (TPS) ofertados pela Embrapa Cocais aos produtores.

Todas as mudanças estão sendo submetidas à discussão e avaliação de seus colaboradores internos e dos principais “clientes” representativos da Unidade (Diretoria, produtores, órgãos públicos e privados de pesquisa e extensão, entre outros), sendo validada pela Diretoria da Embrapa.

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