Está em cartaz no Espaço de Artes Márcia Sandes, na Procuradoria Geral de Justiça, em São Luís, a “Mega Exposição” do artista plástico Péricles Rocha. As 11 telas podem ser conhecidas até o dia 31 de julho e mostram a singularidade deste reconhecido pintor de 72 anos.
Rocha tem 45 anos de carreira e destaca que as telas desta exposição são resultado de nove meses de trabalho iniciado no ano passado. As obras retratam santos, temas da natureza e cenas do cotidiano. “O artista é livre e o trabalho é uma terapia maravilhosa, gratificante”, afirmou, referindo-se à satisfação de produzir sua arte.
As cidades maranhenses de Santa Inês, São Benedito e Santa Quitéria são homenageadas por meio da pintura dos religiosos, assim como uma tela que reverencia a princesa e sacerdotisa do Benim, Nã Agontimé. Ela foi vendida na África, na Região do Daomé, e tornou-se escrava no Maranhão, onde fundou a Casa das Minas, em São Luís.
O artista utiliza uma técnica que mistura tinta acrílica com tintas naturais retiradas de plantas como o mucunã, o murici e casca de mangue pisado. Os tons naturais de coloração diversificada dão um toque peculiar e autêntico às obras.
A extração desses elementos naturais não agride o meio ambiente e foi aprendida no município de Alcântara, cidade onde Rocha fixou residência há mais de 30 anos. “Os barqueiros da cidade me ensinaram a técnica de obtenção dessas tintas que são utilizadas na pintura das velas dos barcos”.
O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, e o diretor-geral da PGJ, Emmanuel Soares, receberam o artista. O chefe do MPMA parabenizou-o pelo seu trabalho, destacando que duas telas do artista plástica decoram o seu gabinete. “É uma satisfação receber o seu talentoso trabalho em nossa instituição”, afirmou.