Pesquisa XP/Ipespe revela queda na aprovação do presidente Jair Bolsonaro

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A avaliação positiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve sua primeira queda, às vésperas de completar três meses do novo governo.  A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (18) pela XP/Ipespe, realizada entre 11 e 13 deste mês.

De acordo com o levantamento, as avaliações positivas (“ótimo” ou “bom”) do presidente caíram de 40% em fevereiro para 37%, ao passo que as negativas (“ruim” ou péssimo”) saltaram de 17% para 24% no mesmo período. Os eleitores que veem o governo como “regular” se manteve em 32%, enquanto 8% não souberam ou não quiseram opinar.

O nível de “ótimo” ou “bom” atribuído à gestão Bolsonaro em março é mais baixo do que o registrado por outras pesquisas durante os governos de Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso (primeiro mandato), Luiz Inácio Lula da Silva (os dois mandatos) e Dilma Rousseff (primeiro mandato) em momentos similares.

De acordo com a pesquisa, as expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro caíram pelo segundo mês seguido. Em janeiro, 63% esperavam uma gestão ótima ou boa, percentual que caiu para 60% em fevereiro e agora está em 54%. Já o grupo dos que esperam um mandato ruim ou péssimo saltou para 20% após ficar em 15% nos dois meses anteriores.

Mudanças relevantes também se observam na percepção dos entrevistados sobre o noticiário que envolve o governo e o presidente Jair Bolsonaro. Para 43%, a maioria das notícias veiculadas recentemente na televisão, nos jornais, nas rádios e na internet eram mais desfavoráveis à atual gestão. Em fevereiro, este percentual estava em 24%. Do outro lado, 21% veem notícias mais favoráveis ao governo, 13 pontos percentuais a menos do que a marca do mês anterior.

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Nesse sentido, as recentes publicações polêmicas de Bolsonaro nas redes sociais, caso da divulgação de vídeo obsceno de um bloco de Carnaval em São Paulo, tiveram repercussão negativa entre a maioria dos eleitores ouvidos pela pesquisa.

Segundo o levantamento, 72% tomaram conhecimento da publicação. Desses, 59% consideraram o conteúdo inadequado, ao passo que 27% classificaram a postagem como adequada e 3% disseram ser indiferente.

Previdência – A pesquisa também ouviu a opinião dos eleitores sobre a reforma da Previdência, prioridade na agenda legislativa do governo neste momento. Na avaliação de 64% dos entrevistados, a medida é necessária. O resultado é o mesmo do mês anterior e está 7 pontos abaixo dos números de janeiro. Já o grupo contrário à reforma chegou a 31%, 2 p.p. a mais do que o resultado de fevereiro e 9 p.p. acima dos números de janeiro.

Quanto a pontos específicos da reforma, a maior taxa de concordância dos entrevistados se dá sobre as regras para servidores públicos em geral e militares das Forças Armadas – embora neste último caso ainda não se conheça os detalhes do que será proposto pelo governo para a categoria –, ao passo que maior resistência aparece no caso da idade mínima para aposentadoria e das mudanças nas regras para policiais, bombeiros e professores.

Metodologia – A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone e ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do país. Os questionários foram aplicados por entrevistados e submetidos a fiscalização posterior. O nível de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob as mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem máxima de erro, estabelecida em 3,2 pontos percentuais.

(Com informações do Informoney)

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