Flávio Dino vai antecipar saída do governo para poder cumprir agenda do Movimento 65 no país?

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Flávio Dino tenta relacionar diversas mortes com os tempos de treva"

A notícia publicada nos principais blogs e sites que seguem linha editoral simpática aos partidos ditos de esquerda, dentre eles o Blog do Esmael, sobre a peregrinação do governador Flávio Dino (PCdoB) pelo Brasil para divulgar o Movimento 65 criou um sentimento de dúvida quanto à sua permanência no Palácio dos Leões até 2022. A dúvida se deve ao fato de que o governador certamente não vai querer misturar sua agenda de chefe do Poder Executivo do Maranhão como a de pré-candidato a presidente ou vice, até para evitar questionamentos na Justiça Eleitoral.

No final do ano passado, quando esta possibilidade foi levantada, um dos políticos mais próximos do governador disse que se isto viesse a se confirmar, teria que ser criada uma estrutura para custear locomoção via aérea, traslado e hospedagem nas cidades e até mesmo refeição, já que isto não poderia ser custeado pelo Estado do Maranhão, por não estar o governador em missão oficial.

Ainda de acordo com esta fonte, essa estrutura evitaria constrangimentos com possíveis ataques verbais de “direitistas” em aviões de carreira e nos embarques e desembarques de aeroportos, principalmente porque ele é um dos maiores críticos de Jair Bolsonaro, o que gera antipatias entre bolsonaristas.

O noticiário desta segunda-feira (27), portanto, informa que governador, “pré-candidato do PCdoB à presidência da República em 2022”, estaria montando uma agenda de atos pelo Brasil para lançamento do “Movimento 65”, nome fantasia adotado pelo PCdoB para eleições municipais de 2020, sem uso da cor vermelha e do símbolo da foice e o martelo.

Com base em depoimento de dirigentes do partido, os blogueiros e jornalista que espalharam a notícia dizem que “o objetivo do Movimento 65 é atrair novas lideranças para a legenda sem o peso e a marca carregada pelo significado da palavra comunista, daí a decisão de aposentar o tradicional símbolo comunista da foice cruzada com um martelo na propaganda do PCdoB”.

Comunistas não querem mais cor vermelha em seus eventos políticos

Disfarce – Os comunistas argumentam ainda que o partido defende a montagem de uma “frente ampla”, reunindo os velhos partidos da direita tradicional e até bolsonaristas arrependidos, para fazer oposição aos ataques de Bolsonaro à democracia.

O movimento revisionista ganhou impulso no PCdoB após a decisão do lançamento de Flávio Dino para a presidência da República em 2022.

Uma fonte no PCdoB afirmou que essa reviravolta no partido tem o objetivo de salvar a legenda, que pode desaparecer se continuar apegada a dogmas do passado. “Há uma cláusula de barreira, que se não for ultrapassada o partido cai na clandestinidade”, observou.

Por sua vez, o jornalista Ricardo Cappelli, uma espécie de “Steve Bannon” do governador do Flávio Dino, defende abertamente o abandono do que chama de “velhos dogmas comunistas”. Ele chegou a proclamar por um “Adeus Lenin” nas fileiras do PCdoB.

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