AQUILES EMIR
Ao assumir em definitivo, nesta terça-feira (22), o comando do PSDB no Maranhão, o senador Roberto Rocha disse que o convite do comando nacional para ele retornar à legenda e em seguida lhe confiar o controle do diretório estadual foi consequência da análise feita sobre o que vinha se passando no Maranhão, onde não havia nenhum projeto para dar autonomia ao partido, pois o entendimento era de que deveria ser submisso ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e “o PSDB não poderia continuar sendo uma azeitona na empada do senhor Flávio Dino”.
De acordo com o senador, uma das maiores preocupações de todos os partidos neste momento é aumentar suas bancadas na Câmara Federal, por conta da cláusula de barreiras e, consequentemente do Fundo Partidário, entretanto no Maranhão a orientação era no sentido de não prejudicar o projeto do governador de eleger seus candidatos, ou seja, não havia preparação para os tucanos terem boa representação no Congresso, já que não teria também candidato a senador.
Ele disse que muitos partidos devem ter gratidão com o deputado federal José Reinaldo Tavares, pelo que fez quando governador, por isso sua candidatura ao Senado já deveria estar viabilizada e não deixá-lo no desconforto da dúvida se será ou não. Segundo ele, se Zé Reinaldo quiser, será candidato pelo PSDB ou com o apoio da legenda.
Sob nova orientação, disse ele, o PSDB vai agora fortalecer suas bases e buscar nomes que possam disputar cargos na Câmara Federal, como é o caso do ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira e muitos outros que estão dispostos a enfrentar as urnas com esse objetivo. Roberto Rocha desdenhou dos que dizem que o partido vai perder filiados com a saída do vice-governador Carlos Brandão. “Se tirarem um prefeito, eu boto outro; se tirarem 15 prefeitos, eu boto outros 15”, reagiu.
O senador lamentou também o fato de o partido ter desperdiçado seu tempo de TV em 2017 e não ter apresentado à população seu projeto para 2018, mas, mesmo assim, diz que irá trabalhar para que dispute, em pé de igualdade com os demais candidatos, o Governo do Estado.
Sobre alianças com outros partidos, disse que isto vai depender do projeto nacional, mas acredita que todas as legendas que irão compor com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato a presidente, deverão seguir a mesma orientação nos estados, e isto pode tirar algumas legendas do apoio a Flávio Dino, dentre elas o PPS, o PSB, o PTB e o DEM.
Roberto Rocha está convencido de que o PSDB vencerá a eleição presidencial, pois o governador paulista tem um dos melhores exemplos de boa administração e os brasileiros certamente vão se mirar no que ocorreu em São Paulo nos períodos em que ele foi governador e vai querer que dedique os mesmos esforços de trabalho para o país.