Quatro em cada dez brasileiros estavam negativados em fevereiro, segundo CNDL/SPC Brasil

359

Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que quatro em cada dez (38,8%) brasileiros adultos estavam negativados em fevereiro – o equivalente a 60,8 milhões de pessoas.

No segundo mês de 2020, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 1,23% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa uma desaceleração no crescimento da inadimplência no país – em janeiro, a taxa era de 1,38%.

Na mesma direção e com dados ainda mais positivos, o número de dívidas ficou 0,30% menor do que em 2019 na comparação anual, dado que evidencia queda pelo nono mês consecutivo. Em relação ao mês de janeiro, o número de dívidas caiu 0,11% e o de devedores, 0,22%.

Na visão do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o que se espera para os próximos meses é uma incerteza muito grande: “A pandemia do novo coronavírus e as medidas de contenção do contágio via isolamento social terão forte impacto na demanda interna. Ainda não é clara a extensão deste impacto sobre a economia brasileira, mas, sem dúvida, ele vem na direção negativa. É provável que a recuperação econômica seja interrompida e que vejamos aumento de desemprego, queda na renda e consequente piora nos números de inadimplência”.

Nordeste – De acordo com as estimativas, o Norte é a região que concentra a maior porcentagem de negativados entre a população adulta (46,7%), tendo apresentado crescimento de 4,91% no número de inadimplentes e 3,17% no de dívidas. Enquanto isso, o Sul comporta a menor concentração de devedores (36,0%). Mas o Nordeste foi a única região a apresentar queda anual no número de negativados, fechando em -0,11% em relação a fevereiro de 2019.

Devedores e dívidas por região

Quase quatro em cada dez (36,63%) consumidores tinham, em fevereiro de 2020, dívidas com valor de até R$ 500, percentual que chega a 52,68% quando se fala em pendências de até R$ 1.000. Somando todas as dívidas, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.257,80 em fevereiro.

Em termos reais, o valor total das dívidas em atraso se mantém estável desde 2017. Em valores de 2020, o maior patamar do valor total das dívidas foi alcançado em novembro de 2011 (R$ 4.669,36), quando cada negativado devia cerca de 40% a mais do que em fevereiro de 2020.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui