Sem receber combustíveis das distribuidoras, postos deixam de funcionar em São Luís

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AQUILES EMIR

Diversos postos de combustíveis em São Luís suspenderam suas atividades desde a noite de quinta-feira (24) depois de uma corrida desenfreada de proprietários de veículos para garantir tanque cheio neste fim de semana, devido à ameaça de desabastecimento com a greve dos caminhoneiros.

Pelas estimativas do Sindicato dos Distribuidores de Combustíveis (Sindcombustíveis), cerca de 20% dos postos ainda têm estoque para atender a população, porém é possível que a cidade fique totalmente desabastecida se o fornecimento não for regularizado a partir deste sábado.

A situação se agravou na quarta-feira (23) quando o movimento dos caminhoneiros chegou ao Maranhão e os pátios das distribuidoras, na zona portuária de São Luís, foram bloqueados e os caminhões ficaram impedidos de fazer o transporte até os postos e chegou ao seu ponto crítica nesta sexta.

Paralelo a isso, começaram os aumentos exagerados nas bombas e os risco de falta combustíveis, o que precipitou a corrida às bombas, com formação de gigantescas filas que criam transtornos também nas principais vias da cidade.

Dono da maior rede interurbana na Ilha, a Paloma, o empresário Antônio Hiluy Nicolau disse que ainda tem combustíveis para mais dois dias, mas teme ficar sem os produtos – diesel, etanol, gasolina e lubrificantes – até este domingo (27) se não houver a volta do abastecimento. Ele disse ainda que a pressão dos consumidores está levando insegurança aos postos, pois quem não consegue abastecer culpa frentistas e gerentes e querem partir para a agressão física.

Pátio da Ceasa, sem caminhões, ou seja, sem alimentos para atender clientes

Com a decisão do presidente Michel Temer, que nesta sexta-feira (25) convocou as forças de segurança para desobstruir as rodovias, a expectativa é que a situação melhore ainda neste sábado, mas os postos só voltarão a funcionar com capacidade máxima a partir de terça-feira (29), já que levará um bom tempo até encher todos os tanques vazios.

Desabastecimento – Um dos setores mais afetados  pela paralisação dos caminhoneiros foi de hortifrutigranjeiros, já que São Luís é dependente do que é produzido em outros estados, principalmente frutas, frangos e até mesmo legumes e verduras.

Nesta sexta-feira, a Central de Abastecimento (Ceasa), no bairro do Cohafuma, praticamente não havia movimento de caminhões. Sem abastecimento, os comerciantes temem ficar parados neste sábado, dia em que é grande o movimento de compradores individuais, já que há uma grande tradição de famílias se abastecerem na área reservada aos varejistas.

Por outro lado, mesmo com situação inversa no país as lojas de supermercados mantêm funcionamento normal, sem grande corrida de clientes às lojas e sem abastecimento dos itens mais urgentes.

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