Em entrevista ao programa Sílvio Santos deste domingo (05), no SBT, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não vê problema em ser questionado se é o avô de sua filha mais nova, Laura, de oito ano. Para ele, o nascimento da menina “é uma prova de que eu estou na ativa. Sem aditivo!”, brincou.
Sílvio Santos divergiu do presidente sobre a flexibilização da legislação que trata do porte de armas. “Esse negócio de arma de fogo não pode aprovar. […] Aí é faroeste”, disse. Bolsonaro respondeu lembrando a Silvio Santos que ele frequenta os Estados Unidos, onde a legislação é mais liberal neste ponto.
Segundo o apresentador Silvio Santos, que é proprietário da emissora, o convite foi feito depois que o apresentador assistiu a um vídeo com a participação de Bolsonaro num espetáculo do humorista Sérgio Malandro, ainda durante a disputa eleitoral. No encontro, Sílvio e Bolsonaro passaram por temos como horóscopo, a rotina de ser presidente e a reforma da Previdência.
O presidente falou ainda sobre a reforma da Previdência. Afirmou que a reforma “é para ajudar o pobre”, citou o envelhecimento da população e as dificuldades de Estados como o Rio de Janeiro no qual houve dificuldade para pagamento de servidores públicos ainda em atividade. Foi referendado pelo apresentador que citou como risco em caso de fracasso da reforma a “volta da inflação”.
Sobre sua saúde, Bolsonaro disse estar recuperado das cirurgias que realizou em virtude da facada que levou durante a campanha, mas que ainda tem sequelas: “Não tô conseguindo fazer mais o esporte que eu fazia”.
Bolsonaro citou ainda outras medidas adotadas até o momento como o fim do horário de verão, a extensão do prazo de validade de habilitação para motoristas de 5 para 10 anos e a reavaliação de instalação de radares em rodovias federais. Em relação a propostas futuras, destacou três pontos:
- criação da semana da saúde masculina: período para aumentar a divulgação de cuidados com a saúde do homem que, na visão do presidente, “é relaxado”;
- abertura de estações ecológicas como a de Tamoios, na baía de Angra, para a iniciativa privada: “Pretendemos afundar algumas embarcações ali na baía de Angra para que se possa fazer o turismo de mergulho”, declarou.
- aumentar o limite de pontos até a perda da habilitação para dirigir.
Sobre a última proposição, afirmou que está alinhando o timing de envio da MP (medida provisória) com o presidente Rodrigo Maia. “Havia conversado com o presidente Maia porque realmente o excesso de medidas provisórias atrapalha”, afirmou.
(Com informações do Poder 360)