CBF quer seja considerado atleta profissional quem tira do esporte seu sustento
O diretor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luiz Felipe Santoro, sugeriu aos deputados da comissão especial sobre mudanças na Lei Pelé (PL 1153/19) que ampliem o conceito de atleta profissional. Isso porque a lei, segundo ele, determina que esse esportista é aquele que tem contrato de trabalho.
Luiz Felipe defendeu que o atleta profissional seja aquele que retire da atividade o seu sustento, com contrato de trabalho ou não.
De acordo com o dirigente, a CBF tem registrados 13.763 contratos de trabalho. Mais de 87% são de atletas que ganham entre 1 a 5 salários mínimos. A realidade é que muitos atletas não têm contratos de trabalho, mas de patrocínio. Também os atletas de modalidades individuais, de acordo com Luiz Felipe, não são considerados profissionais, mas precisam de alguma proteção previdenciária, por exemplo.
O diretor jurídico também reivindicou que os clubes possam pagar apenas 50% do restante dos valores de um contrato caso demitam um jogador. Hoje, é preciso pagar 100%. E pediu que os contratos de direitos de uso de imagem sejam definitivamente separadamente dos contratos de trabalho.
“Para a maioria dos esportes, a competição masculina é mais atrativa economicamente, ela gera mais valor. Logo, pode gerar mais premiações”, declarou.
Registro por escrito – Presidente da comissão especial e idealizadora do debate de hoje, a deputada Celina Leão (PP-DF) solicitou aos participantes que as sugestões de mudanças na Lei Pelé apresentadas sejam enviadas por escrito para o e-mail ce.leipele@camara.leg.br.
“É muito importante vocês encaminharem as propostas por escrito, porque estamos compilando isso em um relatório final, trabalhando com a nossa consultoria”, explicou.
(Agência Câmara de Notícias)