Folha de São Paulo especula sobre aliança entre Flavio Dino e José Sarney

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Governador foi pedir ajuda para ser imortal da AML

AQUILES EMIR

Em reportagem de Cátia Seabra, publicada sexta-feira (22), o jornal Folha de São Paulo especula uma possível aliança do governador Flávio Dino (PSB) com o grupo Sarney visando à eleição de 2022. De acordo com a reportagem, no encontro do último dia 04 de outubro, quando procurou Sarney para pedir apoio a fim de garantir sua eleição para a cadeira de número 32 na Academia Maranhense de Letras (AML), os dois conversaram sobre política, embora Dino garanta que a sucessão estadual não esteve em pauta, mas a jornalista diz que uma aliança entre eles vem sendo costurada.

Dino foi eleito para a AML com 25 dos 36 votos apurados. Seu principal concorrente era o advogado, antropólogo e escritor Rossini Corrêa, que ficou com 10 votos e um terceiro concorrente, Antônio Guimarães, com um. A vaga a ser ocupada pelo governador era do seu pai, Sálvio Dino, que morreu em 2020, vítima de covid-19.

Segundo um membro da AML, que discorda desta sucessão hereditária implantada na instituição por acadêmicos amigos do governador, dois palácios – Governo do Estado e Poder Judiciário – trabalharam abertamente para tornar Flávio Dino imortal.

Política – Quanto ao debate político, o deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente do MDB no Maranhão, ouvido pela Folha, disse que “há uma disposição de diálogo com Dino em busca de uma saída para a crise nacional”.

Ainda de acordo com Roberto Costa, o governador fez um aceno importante para uma possível aproximação com o MDB, ao apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro deste ano.

Adversária de Flávio Dino em duas eleições (2010, quando foi eleita para o quarto mandato, e 2018, quando foi derrotada), Roseana Sarney, apesar de liderar todas as pesquisas de intenção de votos para o Palácio dos Leões, deverá concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Já o governador tem quatro pré-candidatos do seu grupo: o vice-governador Carlos Brandão, o senador Weverton Rocha e os secretário Felipe Camarão (Educação) e Simplício Araújo (Indústria e Comércio).

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