Suspensão das festas de Réveillon em São Luís impacta negócios de turismo

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Hotelaria é o segmento mais apreensivo com possíveis prejuízos 

AQUILES EMIR

O cancelamento do Réveillon da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado, em São Luís, anunciado, na segunda-feira (29), pelo prefeito Eduardo Braide, e ratificado pelo Governo do Estado, nesta terça (30), pegou o trade turístico  de surpresa. Apesar de acharem a decisão prudente, diante da ameaça de chegada ao Brasil de uma nova variante de covid-19, empresários não escondem a frustração de um recuo na flexibilização anunciada dia 16, que gerou uma forte expectativa para esta reta final do ano.

Empresários ouvidos por Maranhão Hoje reclamam que os anúncios tanto da Prefeitura quanto do Governo do Estado não deixam claro o que será permitido na virada do ano, ou seja, não está claro se as festas privadas podem ser realizadas, em que tipo de ambiente, com qual quantidade de público etc, e esse tipo de informação é fundamental para as reservas de hotel, programação de restaurantes, aluguel de casa de eventos, contratações de artistas e DJS etc.

Segundo o empresário Armando Ferreira, diretor do Rio Poty Hotel e vice-presidente da seccional maranhense da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), logo após o anúncio do prefeito Eduardo Braide, houve uma suspensão nos pedidos de reservas de hospedagem e alguns clientes chegaram a solicitar cancelamento de seus pedidos, o que está sendo administrado com informações de que a cidade não registra nenhum caso da variante e que está havendo apenas medidas preventivas como em diversas outras capitais.

Armando diz que a expectativa da maioria dos hotéis é trabalhar com uma lotação acima dos 80%, alguns até com 100%, e para isso alguns oferecem ceias especiais e até festas privadas, porém é preciso definir até quantas pessoas podem ser reunidas nesses eventos, até para que não haja proibições em cima da hora,  pois isto causa transtornos para empresas e clientes.

Armando Ferreira diz que não é contra a proibição, até porque a saúde da população é o mais importante, contudo lamenta a não consulta ao empresariado e a falta de clareza sobre o que pode e o que não pode. Ele acha que, se necessário, o mesmo poderia ser adotado em relação ao Carnaval.

Decepção – O presidente do Sindicato dos Hotéis do Estado do Maranhão (Sehama),  Nonato Luz, não esconde a decepção com o surgimento dessa nova situação, após o longo período de prejuízos para o setor com as medidas contra a pandemia.

Ele diz que após o anúncio do governador Flávio Dino de uma flexibilização nas medidas restritivas em todo o estado, os empresários de hotéis, pousadas, restaurantes etc imaginavam retomar os negócios nesta reta final do ano e início de 2022. Para sua decepção, vieram novas restrições.

Segundo Nonato Luz, a maioria dos hotéis está com boa ocupação e algumas cidades, como é o caso de Barreirinhas, a ocupação beira os 100%. É importante, portanto, que as autoridades complementem suas decisões para que os clientes não sejam prejudicados e as empresas não venham ser punidas por não entregarem o que venderam.

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