Mais de 26 milhões de pessoas têm dinheiro esquecido em bancos e consultas reabrem dia 14

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Bancos não contactam pessoas para tratar de resgate

O Banco Central vai reabrir no próximo dia 14 as consultas ao Sistema Valores a Receber para que as pessoas possam saber se têm algum resíduo de dinheiro nas instituições financeiras e possam resgatar esses valores. As consultas foram abertas no último dia 24, porém o grande volume de consultas comprometeu a capacidade de atendimento do SVR, que está sendo fortemente ampliada para atender a todos os cidadãos, “com estabilidade e segurança”.

Segundo o BC, qualquer cidadão pode consultar se tem valores a receber de instituições financeiras no Registrato, sistema que fornece um extrato das informações de uma pessoa com instituições financeiras. Pelas estimativas 27,9 milhões de beneficiários poderão ter acesso aos valores na primeira etapa de pagamentos, sendo que 26 milhões são de CPFs e 1,9 milhão é de titulares de CNPJs.

Até janeiro, o Registrato fornecia consultas apenas a dívidas (abertas ou liquidadas), abertura de contas bancárias (ativas ou inativas) e remessas de dinheiro ao exterior. De acordo com o BC, existem cerca de R$ 8 bilhões parados em bancos e demais instituições financeiras, esperando serem sacados.

Para reaver os recursos, o cidadão poderá pedir o resgate de duas formas. A primeira será diretamente via Pix na conta indicada no Registrato, caso a instituição tenha aderido a um termo específico com o BC. Nos demais casos, o beneficiário informará os dados de contato no sistema, e a instituição o meio de pagamento ou de transferência.

Devido ao aumento de registro de golpes ou tentativas de golpes, o Banco Central alerta que nenhuma instituição financeira entra em contato com clientes para tratar de resgate, ou seja, somente pelo Registrato é possível a pessoa saber se tem direito, quanto tem e como resgatar.

Aprimoramento – Na primeira fase do serviço, o Registrato divulgará R$ 3,9 bilhões que podem ser devolvidos decorrentes de contas correntes ou poupanças encerradas e não sacadas, cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito com Termo de Compromisso assinado com o BC, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.

Ao longo do ano, o BC pretende ampliar a consulta para a devolução de valores decorrentes de tarifas ou obrigações de crédito cobradas indevidamente não previstas em Termo de Compromisso, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível, contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários e demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

Segundo o BC, os dados e os valores fornecidos no Registrato são de responsabilidade das próprias instituições financeiras. Em alguns casos, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas o órgão orienta o cidadão a sacar o dinheiro que lhe pertence de forma simples e ágil, por meio do novo serviço.

(Com informações do Banco Central e da Agência Brasil)

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