Edilson Baldez acompanhou debates sobre temas mundiais
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, participou, em São Paulo, do Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, que chegou este ano à sua 9º edição, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Foram dois dias de evento, onde 77 palestrantes debateram as tendências da inovação no Brasil e no mundo.
“A inovação tem ganhado espaço sem precedentes na agenda de desenvolvimento de países ricos e emergentes, mas o Brasil ainda caminha a passos lentos. Dados mais recentes do Índice Global de Inovação mostram que o Brasil investe apenas 1,27% do PIB em Pesquisa e Inovação. A única saída para que empresas sejam competitivas de forma sustentável é o investimento em inovação. A experiência internacional demonstra que a inovação é o caminho mais curto para o desenvolvimento sustentável da economia”, afirmou Baldez, que destacou a inovação como imprescindível para o desenvolvimento econômico do país.
Entre os palestrantes do evento, destaca-se Dani Rodrik, professor de política econômica internacional em Harvard (EUA), considerado um dos grandes nomes da economia no planeta, vencedor do Prêmio Princesa de Astúrias de Ciências Sociais e presidente da Associação Internacional de Economia que abordou o tema “Políticas públicas, inovação e competitividade: em busca do elo com o trabalho”.
O professor de Harvard falou sobre a produtividade e inovação no contexto da economia do Brasil como um todo. Ele mostrou um gráfico que revela que a produtividade nos Estados Unidos tem uma curva sempre crescente.
“No Brasil, vimos uma coisa surpreendente e chocante. A produtividade no Brasil tem diminuído desde a década de 1980. Por que nos preocupamos com inovação? A inovação é um desejo de realizar o nosso potencial, mas é também um meio para atingir um fim. Sem inovação não temos como ter um desenvolvimento econômico duradouro”, afirmou Rodrik.
Aknda de acordo com Rodrik, “o Brasil tem essa capacidade de investir em robôs e ferramentas para complementar o trabalho das pessoas. Mas isso exige um esforço ativo em vez de substituição de mão de obra. A situação não será vencida simplesmente investindo em educação. É preciso investir em educação, mas se os empregos corretos não são criados na quantidade suficiente não vamos resolver esse problema da transformação estrutural”.
O palestrante avalia que o Brasil se sai mal no processo de transformação cultural. Segundo ele, não há suficiente difusão de produtividade no país.
“O Brasil tem passado por um processo drástico de desindustrialização. A manufatura formal, que normalmente é a parte mais inovadora e produtiva de uma economia, tem diminuído não só no Brasil como em outros países em desenvolvimento, por uma razão que tem a ver com a concorrência internacional e o desenvolvimento tecnológico”.