Em assembleia após visita de Alckmin à entidade, Josué Gomes da Silva é destituído da presidência da Fiesp

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Apenas um voto favorável à permanência de Josué 

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, foi destituído do cargo, nesta segunda-feira (16), depois de meses enfrentando uma grave crise interna e a ferrenha oposição de pequenos sindicatos patronais do setor industrial. A destituição deu-se no mesmo dia que o vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, visitou a entidade para debater política econômica do governo com a classe empresarial.

Após a assembleia extraordinária que reuniu sindicatos opositores e também grupos que apoiam o atual presidente, Josué não conseguiu aval para continuar no comando da entidade.

Foram 47 votos pelo seu afastamento, duas abstenções e apenas um voto favorável à permanência do empresário no cargo.

Antes do placar final, os sindicatos votaram, por 62 a 24, pela reprovação dos argumentos de Josué aos questionamentos sobre sua atuação na presidência da Fiesp.

A assembleia teve quatro horas e meia de duração. Josué Gomes deixou a Fiesp antes da votação final, sem dar declarações e sem encerrar oficialmente a plenária. Mesmo assim, um advogado ligado aos sindicatos oposicionistas confirmou que a reunião poderia prosseguir mesmo sem a presença de Josué.

Alinhamento – Na reunião com Alckmin, Josué disse que o novo governo “deu demonstrações claras de que deseja reindustrializar o Brasil”, um processo que vai garantir ao país um crescimento econômico a taxas elevadas e ferramentas para resolver problemas sociais.

“A indústria de transformação pode surpreender o Brasil se condições adequadas forem garantidas”, disse Josué.

Segundo ele, embora tenha um papel fundamental no desenvolvimento nacional, o setor tem apresentado uma performance aquém de seu potencial, nas últimas décadas. A participação da indústria no PIB brasileiro caiu de 20% na década de 1980 para os atuais 11%, embora ofereça os maiores salários, responda por quase 30% da arrecadação tributária e aporte 69% do total do investimento em pesquisa e desenvolvimento.

(Com informações do Metrópoles)

 

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