Alumar é a empresa maranhense que vende mais aos EUA e alumina ameniza impactos de tarifaço

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Alumina poderia não sofrer taxação imposta por Trump

AQUILES EMIR

Se confirmada a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, como ameaça o presidente norte-americano, Donald Trump, a medida terá forte impacto em três segmentos produtivos do Maranhão: alumínio e alumina, soja e celulose, que são os que mais se destacam nas exportações do estado. Uma das empresas mais impactadas poderia ser a Alumar, que tem o maior volume de vendas para o exterior, porém ela poderia ter a seu favor a exportação de uma commodity produzida em baixa quantidade nos EUA: a alumina.

Os Estados Unidos não produzem alumina em quantidade suficiete para atender a demanda interna, e dependem fortemente das importações. Embora os EUA tenham refinarias de bauxita que produzem alumina (óxido de alumínio), elas não são capazes de suprir a demanda nacional, especialmente para a produção de alumínio primário. 

De acordo com estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), nos três primeiros meses deste ano, as exportações do Maranhão para o mercado internacional superam a cifra de US$ 1 bilhão, e o grande destaque fica para a Alumar, que responde com US$ 462 milhões nas exportações de alumínio e alumina.

Nessas transações, o país que aparece em primeiro lugar nas importações de produtos maranhenses é o Canadá, que negociou US$ 376,8 milhões, o que representa 35,3% da pauta.

Em segundo lugar aparecem os Estados Unidos, que movimentaram no período US$ 207,220 milhões, totalizando 19,4% da pauta. A evolução dessa parceria indicou um crescimento de 1,9%, cujo principal produto demandado foi a Celulose.

Benefícios – De acordo com um analista do setor, o benefício da alumina estava bem claro nas manifestações anteriores sobre possível taxação, contudo ainda não está bem claro como será a taxação aplicada por Trump, que promete colocar a tarifa em prática somente a partir de 1º de agosto.

A dúvida se dá pelo fato de essa taxação não estar vinculado a questões econômicas, mas a uma divergência política, haja vista o presidente norte-americano alegar tratamento injusto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no julgamento sobre “trama golpista”, ou seja, pode ser que nem mesmo esta particularidade prevaleça, já que a intenção seria punir o Brasil e não defender a economia norte-americana.

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