Ministério da Saúde anuncia chegada de mais médicos especialistas e R$ 139 milhões para novas unidades de saúde no Maranhão

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Obras em 57 municípios maranhenses

Os pacientes do Sistema Único de Saúde do Maranhão vão contar com 61 novas unidades de atendimento para ampliar a oferta de serviços de saúde no estado. Para isso, o Ministério da Saúde anunciou, nesta sexta-feira (26), a liberação de R$ 139,3 milhões para a construção das obras em 57 municípios maranhenses. A medida se soma à chegada de 30 novos médicos especialistas que começaram a atuar em 16 cidades no estado. Ambas as iniciativas integram as ações do Programa Agora Tem Especialistas.   

Com recursos do Novo PAC Seleções 2025, a rede pública de saúde do Maranhão contará com mais cinco Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma Policlínica. Já as 55novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) vão fortalecer a Atenção Primária, que ao ser qualificada, contribuirá para reduzir a sobrecarga na Atenção Especializada do estado.   

Em todo o Brasil, estão previstas a construção de 899 novas unidades de atendimento, com um investimento total de R$ 2,5 bilhões, beneficiando 26 estados. Além disso, 322 médicos especialistas já começaram a atuar em 156 municípios, distribuídos pelas cinco regiões do país, reforçando a oferta de serviços de saúde e ampliando o acesso da população ao Sistema Único de Saúde.     

A liberação dos recursos federais possibilita a estruturação da rede pública de saúde nos estados e municípios, ampliando a capacidade de atendimento em todo o Brasil. “Esse é um esforço importante do Agora Tem Especialistas para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. A expansão imediata da oferta de serviços, com a mobilização de toda a estrutura pública e privada de saúde do país, vem acompanhada de mais investimento em infraestrutura pelo Novo PAC Saúde. Uma frente estruturante que vai garantir mais serviços de saúde para a nossa população”, afirmou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.   

Atendimentos especializadosDurante o evento de acolhimento dos novos médicos, realizado nesta sexta-feira (26) no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), em São Luís, secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Jérzey Timóteo Ribeiro Santos, destacou a importância da medida.

“Esses profissionais estão sendo alocados em municípios estratégicos, como Timon, Imperatriz, Açailândia, Santa Inês, Caxias e São Luís, reforçando a capacidade cirúrgica e resolutiva do SUS no estado.”, observou o secretário.   

Além do Maranhão, os profissionais chegaram para reforçar a rede pública de saúde em Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.   

Autoridades do Ministério da Saúde estiveram presentes em diferentes estados para participar de agendas simultâneas de acolhimento e integração dos profissionais.  

Profissionais para o NordesteNesta primeira etapa do provimento, o Nordeste – que, historicamente, tem a maior carência de médicos especialistas – recebe o maior número de profissionais: são 188 médicos, que correspondem a 58% do total. Em seguida, estão as regiões Sudeste com 70 profissionais, Norte (40), Centro-oeste (17), e Sul (7). Do total de especialistas, 72% atuarão em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade, sendo 22% alocados em municípios da Amazônia Legal.

Para a distribuição das vagas, foram priorizadas as regiões com número de especialistas abaixo da média nacional e as que a população precisa se deslocar mais para conseguir atendimento. Também foi considerada a capacidade instalada para oferta da assistência.

As especialidades com maior número de profissionais são ginecologia (98), anestesiologia (37), otorrinolaringologia (26), cirurgia geral (25) e em diferentes áreas do atendimento oncológico (66).

Além de atuarem na rede pública, os médicos contarão com a mentoria de profissionais de excelência da Rede Ebserh e de hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Serão dedicadas 16 horas semanais à prática assistencial e quatro horas semanais a atividades educacionais. São 16 cursos de aprimoramento para o médico que já é especialista em áreas como cirurgia, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. 

Formação de especialistas – Em mais uma ação do programa Agora Tem Especialistas, o Ministério da Saúde também anunciou, nesta sexta-feira (26), incentivos financeiros inéditos para residentes, preceptores, tutores e coordenadores dos Programas de Residência em 20 especialidades médicas, além de enfermagem obstétrica e física médica. Para essa ação está previsto o investimento de R$ 112 milhões até o fim de 2026.

Direcionados a áreas prioritárias com poucos profissionais, esses incentivos visam garantir a presença de preceptores e tutores qualificados e comprometidos com a formação de mais médicos especialistas, sobretudo em especialidades que estão escassas na rede pública do país. É o caso de residentes de radioterapia e patologia, que também contarão com complemento financeiro na bolsa-formação.

Bolsas de residências – Para ampliar o número de profissionais especialistas no país, o Agora Tem Especialistas abriu 4 mil bolsas de residências, sendo 3 mil para Residência Médica em especialidades como anestesiologia, radiologia e cirurgia oncológica, além de 1 mil bolsas para Residência em Área Profissional da Saúde que abrangem especialidades da Saúde da Mulher, Saúde Mental, Enfermagem Obstétrica, dentre outras.

Para isso, estão abertas as inscrições até 30 de outubro para instituições interessadas em formar 4 mil profissionais especialistas em áreas prioritárias para o SUS.

Essa é a maior concessão de bolsas já ofertado pelo Ministério da Saúde nos últimos 10 anos. Somente em 2025, serão investidos R$ 1,8 bilhão em programas de residência, um acréscimo de 32% em relação a 2023.

Atualmente, o Maranhão conta com 12programas de Residência Médica e 78 médicos com bolsas financiadas pelo Ministério da Saúde. Além disso, o estado possui 1 Programa de Residência em Área Multiprofissional e 117residentes com bolsas custeadas pela pasta.

Certificação – Outra medida do programa é garantir excelência na formação de especialistas e melhorar a qualidade do atendimento no SUS. Para isso, o Ministério da Saúde voltou a certificar os hospitais de ensino, um reconhecimento oficial que qualifica os hospitais como ambientes formadores com o objetivo de garantir a excelência na formação de especialistas e melhorar a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).  

Atualmente, o Brasil conta com 202 hospitais de ensino, num universo de mais de 1.134 hospitais elegíveis para a certificação no Brasil. Destes, cinco hospitais estão entre os 300 melhores do mundo, segundo ranking da revista americana Newsweek.  O Maranhão conta com um hospitalcertificado, sendo que 43 têm potencial para solicitar a certificação no estado.

 (Ministério da Saúde)

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