Novo presidente do DEM, ACM Neto, é quem vai decidir se partido fará coligação com Flávio Dino

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A convenção está marcada para dia 28 deste mês em Brasília

AQUILES EMIR

Apesar dos entendimentos iniciados pelo deputado federal Juscelino Filho, que preside a executiva do partido no Maranhão, com o governador Flávio Dino (PCdoB), a posição do Democratas com relação as coligações estaduais vai ser conhecida somente a partir do dia 1° de março, depois de empossado o novo presidente nacional da legenda, o prefeito de Salvador (BA), Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto. A convenção está marcada para dia 28 deste mês em Brasília (DF).

Pelos entendimentos de Juscelino com o PCdoB, o indicativo é que a legenda faça coligação para reeleger o atual governador, mas, segundo uma liderança do DEM, tudo o que foi acertado até agora pode estar com validade por vencer em poucos dias, já que, ao contrário do atual presidente, senador Agripino Maia (do Rio Grande do Norte), que liberou os diretórios estaduais para fazerem suas negociações conforme as conveniências locais, o novo presidente tem outro entendimento.

Além de ter pretensões de ser o futuro governador da Bahia, o neto de Antônio Carlos Magalhães, que foi ministro das Comunicações no governo do presidente José Sarney, não vê com simpatias aproximação com partidos de inclinação à esquerda, já que seus principais adversários na política baiana são petistas liderados pelo ex-governador Jacques Wagner, ex-ministro de Dilma.

Além do PT, ACM Neto não nutre desejo de aproximação com PCdoB, PCB, PSol e outros partidos muito próximos do PT, principalmente os que defendem a candidatura do ex-presidente Lula. Ele estaria mais propenso a lançar uma candidatura própria a sucessor de Michel Temer ou firmar apoio com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e se fizer isto o acordo valerá para todo o país.

A posição do DEM se tornou complicada no Maranhão porque, apesar dos acertos de Juscelino Filho, há setores defendendo até candidatura própria, como é o caso do prefeito de Cedral, Jadson Gonçalves, que já anunciou disposição de concorrer ao cargo de governador.

Acordo de Juscelino Filho com Flávio Dino pode perder validade em março

Além disso, a corrente que defende a candidatura do ex-governador José Reinaldo ao Senado, não aprova a maneira como ele vem sendo “embalado” pelos comunistas, que nunca o definem como segundo nome, ao contrário do que foi feito com Weverton Rocha (PDT), já definido como primeiro nome de Flávio Dino.

De acordo com essa liderança democrata, tudo pode acontecer com o partido, mas tem mais chances de ganhar uma aposta quem disser que o afastamento do PCdoB é o caminho mais provável, e lembra que ACM Neto é muito ligado ao ex-presidente Sarney, que está em São Luís, onde aproveita o carnaval para fazer o que mais gosta: articulação política. Se Sarney sinalizar com um pedido de apoio do DEM à sua filha Roseana, dificilmente ACM Neto dirá não.

Ainda segundo essa liderança democrata, um sinal de que as coisas não estão fechadas como alguns imaginam foi a posição do deputado Stênio Rezende, quinta-feira (08), quando fez coro às denúncias do seu colega comunista Raimundo Cutrim (PCdoB), que acusou secretários do Estado de estarem trocando obras do governo por apoio político, de olho na eleição deste ano.

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