Advogados pedem no TRF4 confisco do passaporte do ex-presidente Lula

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Sob argumento de que Lula pode aproveitar a viagem que fará ao exterior nesta sexta-feira (26) seja pretexto para pedir asilo político, os advogados Rafael Costa Monteiro e Carlos Alexandre Klomfahs entraram no Tribunal Regional Federal da 4ª Região para o confisco do passaporte do ex-presidente, que teve sua condenação confirmada nesta quarta-feira (24) na mesma corte.

Lula tem uma viagem marcada para a Etiópia, onde participa de um evento da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), sobre fome. O seu retorno estaria marcado para segunda-feira (29).

No evento na Eiópia, o ex-presidente sobre as iniciativas adotadas em seus governos que levaram o Brasil a deixar o Mapa da Fome, divulgado pela FAO desde 1990. O país saiu do mapa em 2014, quando pela primeira vez teve apenas 3% da população ingerindo menos calorias do que as necessárias segundo o órgão.

São apontadas diversas políticas públicas que levaram o Brasil a alcançar esse feito, entre elas, o reajuste do salário mínimo e o Bolsa Família, que permitiram a população se alimentar melhor.

Os advogados dizem que Lula poderia pedir asilo político na Etiópia, por isso querem impedir a viagem. Um deles, Rafael Costa Monteiro, em seu perfil no Facebook e na página de seu escritório, traz várias publicações anti-Lula. Carlos Alexandre advogou para o Movimento Brasil Livre (MBL) em ação em que pediam para opinar num julgamento no STF sobre a possibilidade de pessoas se candidatarem a cargos públicos sem filiação partidária, em outubro de 2017.

O pedido dos advogados contra Lula foi feito após a condenação em segunda instância do ex-presidente, nesta quarta-feira (24).

Mandela – Após a condenação, num ato na Praça da República, em São Paulo, se comparou ao líder Sul Africano Nelson Mandel.

“O Mandela ficou preso 27 anos e a luta não diminuiu. Ele voltou e foi presidente da África do Sul. O povo não aceita mais ser subserviente”, afirmou.

“Aviso a elite brasileira: esperem, pois nós vamos voltar e mostrar que esse país vai ser respeitado novamente. Vamos provar que o povo pobre nunca foi problema. Ele é a solução. Quero dizer um até breve. Vou viajar para a Etiópia, mas eu volto para continuar a luta”, acrescentou.

(Com dados da revista Forum)

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