
AQUILES EMIR
A produção de açúcar no Maranhão deve aumentar este ano 9,9% e a de etanol, 12%, com o aumento de 13,9% na colheita de cana-de-açúcar, que será de 2,097 milhões de toneladas contra 1,842,3 milhão da safra passada, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O crescimento da produção de cana se deve à melhoria da produtividade, que deve subir de 46,7 mil quilos por hectare para 53,8 mil, ou seja, uma variação positiva de 15,3%, enquanto a área plantada sofreu um recuo de 1,2%, com um plantio de 38,9 mil hectares contra 39,4 mil da safra anterior.
Apesar de não ser um dos estados mais tradicionais nesse segmento no Nordeste, o Maranhão foi um dos que tiveram melhor evolução percentual na região, enquanto Alagoas, que é o maior produtor, com um volume de 15,5 milhões de toneladas, teve uma retração de 3,1%. Ceará (-45,9%) e Sergipe (-0,4%) também tiveram desempenho negativo.
De acordo com as explicações da Conab, em Alagoas a forte redução na área plantada, estimada em 301,7 mil hectares, contra a de 322,2 mil hectares registrada na safra passada, decorre da expectativa de queda na participação dos fornecedores (aproximadamente 7.500 plantadores) que estão operando com grandes dificuldades financeiras e aguardam definições sobre os recursos e financiamentos, para tentarem se manter na atividade.
Em Pernambuco, segundo produtor, a perspectiva é de que a safra 2017/18 apresente forte incremento na produção em comparação à safra anterior (15,8%), tendo em vista a melhoria do quadro hídrico previsto para este exercício. O estado continuará com as 15 unidades de produção em funcionamento, sem previsão de reabertura das que se encontravam inativas.
Destinação – Da produção maranhense, 160 mil toneladas serão destinadas para fabricação de açúcar, o que dá uma evolução de 68,1% na comparação com o ano passado, quando foram destinadas para esta finalidade 95,2 mil. Com isto, serão produzidas no estado 19,7 mil toneladas de açúcar contra 11,6 mil do ano anterior. Quanto ao etanol, o total a ser disponibilizado para sua fabricação será de 1,937 milhão, ou seja, 10,9% a mais do que os 1,747 milhão de 2016, e o resultado será uma produção de 142,6 milhões de litros contra 127,3 milhões do ano passado.
Da produção de álcool, 124,5 milhões de litros serão para o anidro contra 109,7 milhões do ano passado, o que dá aumento de 14,8 milhões de litros, o correspondente a 13,5% de aumento.
O álcool hidratado terá uma produção de 18,1 milhões de litros contra 17,6 milhões da safra anterior, o que dá 494,8 mil litros a mais, ou seja, uma variação positiva de 2,8%.
Em nível nacional, o fechamento da safra 2016/2017 de cana-de-açúcar foi de 657,18 milhões de toneladas, de acordo com o 4º Levantamento divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já a estimativa para a próxima safra é de 647,63 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 1,5% em relação à anterior. O fator predominante para a diferença nos números de produção é a diminuição de área colhida, que passou de 9,05 milhões de hectares na safra 2016/17 para 8,84 milhões de hectares na safra 2017/18.
VEJA A PRODUÇÃO DE CANA, AÇÚCAR E ETANOL NO MARANHÃO
PRODUÇÃO | 2016 | 2017 | % |
Cana | 1.842,3 (mil toneladas) | 2.097,5 (mil toneladas) | 13,9 |
Destinação para açúcar | 95,2 (mil toneladas) | 160,0 (mil toneladas) | 68,1 |
Destinação para álcool | 1.747,1 (mil toneladas) | 1.937,5 (mil toneladas) | 10,9 |
Produção de açúcar | 11,6 (mil toneladas) | 19,7 (mil toneladas) | 69,9 |
Produção de álcool | 127.361,0 (mil litros) | 142.667,1 (mil litros) | 12,0 |
