Safra agrícola no Maranhão deve passar de 5 milhões de toneladas em 2018

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AQUILES EMIR

A produção agrícola no Maranhão na safra 2017/18 deverá ultrapassar a marca de 5 milhões de toneladas, o que dá uma variação de 5,7% na comparação com a deste ano, que foi de 4,9 milhões de toneladas. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (09) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com os dados, além da área plantada, que deve aumentar de 1,565 milhão de hectares da safra atual para 1,734 milhão, ou seja, um aumento de 10,8%, a produtividade é outro fator que contribuirá para esse aumento, pois vai aumentar de 3,061 mil para 4,790 mil quilos por hectare.

A exemplo da colheita deste ano, soja e milho são as culturas de melhor desempenho. Para a primeira, são estimadas 2,712 milhões de toneladas, isto é, 9,7% a mais do que a safra deste ano, que foi 2,473 milhões de toneladas. Já a estimativa para o milho é de  1,997 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 2,3% frente à produção deste ano: 1,951 milhão de toneladas.

Por outro, a Conab prevê queda na produção de feijão, que vai de 56,7 mil toneladas para 45,7 mil, isto é, uma variação de -19,4%;  e do arroz, que diminuirá de 225,9 mil para 242,6 mil toneladas, ou seja, -5,2%.

Nacional – Sobre a produção nacional, a Conab diz que a safra 2017/18 deve ficar entre 223,3 e 227,5 milhões de toneladas. O registro representa um recuo entre 6,2 e 4,4% em relação à safra passada, que foi de 238 milhões de toneladas.

A perspectiva de redução se deve ao fato de que a safra passada registrou recorde de produtividade graças às boas condições climáticas, cenário que pode não se repetir. Para se ter uma idéia, a soja alcançou produtividade de 3.364 kg/hectare na safra 2016/2017. Para a safra atual, a produtividade estimada é de 3.075 kg/hectare, com base nas análises estatísticas das séries históricas e dos pacotes tecnológicos utilizados nos últimos anos.

Já com relação à área plantada, favorecida pelo aumento do plantio de algodão e, sobretudo, da soja, espera-se a manutenção ou um aumento de até 1,9%, podendo alcançar números que variam de 61 a 62 milhões de hectares.

Soja e milho, as principais culturas desta safra, devem responder por cerca de 89% dos grãos produzidos do país. A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106,4 e 108,6 milhões de toneladas e a do milho total, entre 91,6 e 93,1 milhões, distribuídas entre primeira e segunda safra. A primeira safra de milho pode alcançar números menores que os do último período e ficar entre 24,5 e 25,9 milhões de t, enquanto que a segunda safra pode alcançar 67,2 milhões de toneladas.

A área do milho primeira safra deve recuar de 11,5% a 7,5% em relação a 2016/2017, o que vai refletir na diminuição da área total da cultura, estimada entre 631,6 e 409,6 mil hectares. No caso da soja, a maior liquidez e a possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas deve estimular o preparo de uma maior área para produção, com elevação média de 3,1%, algo entre 34,6 e 35,3 milhões de hectares.

A produção e a área de algodão, feijão-comum preto e mamona deverão aumentar, assim como o amendoim primeira safra que sinaliza melhor número na área. A pesquisa foi feita nos principais centros produtores de grãos do país, entre os dias 23 a 27 de outubro.

(Com dados da Conab)

 

 

 

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