Alckmin trabalha para ter mais de um palanque em vários estados

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Ao participar nesta terça-feira (19) de uma entrevista na Rádio Jovem Pan o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) adotou a mesma tese levantada pelo deputado José Reinaldo (PSDB), pré-candidato a senador, que defende para ele a montagem de dois palanques no Maranhão, um do senador Roberto Rocha, que é do seu partido, e outro de Eduardo Braide (PMN). Ao explicar por que não conseguiu unir o seu sucessor, Márcio França (PSB), e o ex-prefeito João Doria (PSDB) para que em São Paulo tivesse um candidato a governador lhe apoiando, o presidenciável disse que em diversos estados terá mais de um palanque.

Geraldo Alckmin, revelou durante entrevista ao Jornal da Manhã que tentou mediar a “discussão” entre Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB), na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

“Procurei o Márcio França sobre abrir mão de uma candidatura para ser meu vice e assumir o governo. Ele disse que só poderia disputar o governo e era a oportunidade da vida”, explica o pré-candidato que teria procurado o então prefeito de São Paulo, João Doria. “O questionei sobre renunciar ao cargo na prefeitura com apenas um ano de mandato e o aconselhei a ficar, mas ele disse que ia sair”, explica.  “Não posso proibir nenhum nem o outro. Meu candidato é o João Doria, mas não vou brigar com Márcio França, que está me sucedendo e está indo bem”

Alckmin ressaltou que o modelo já foi utilizado quando foi candidato ao Governo. “Tentei unir os dois. Tive uma base de apoio, quando candidato a governador, muito ampla e ‘vamos tentar reproduzi-la na minha sucessão’. Quando o titular é candidato à releição ele é tão favorito que é mais fácil juntar todo mundo, mas quando o titular não é candidato, dispersa. Todo mundo acha que tem chance. Esse é um fato que ocorre”, afirmou.

Na visão do ex-governador, o palanque dividido não é prejudicial à sua candidatura, que atualmente tem 7% das intenções e voto, e citou o exemplo de Fernando Henrique Cardoso, que em 1998 durante sua releição à presidência, teve dois candidatos o apoiando em São Paulo: entre eles Paulo Maluf e Mário Covas. “Vou ter dois candidatos no Brasil inteiro”, destacou.

 

Alckmin também elogiou a postura de seu vice no governo de São Paulo, e embora tenha tentado uma aproximação com o PSB Nacional e com o MST, o tucano reconhece que não terá o apoio da legenda e critica o quadro pluripartidário do Brasil. “Tudo isso é a falta da reforma política. O PSB Nacional certamente não vai me apoiar e não tem nada a ver com o MST. Em São Paulo, a regra é invadiu, ‘desinvade’ ”, afirmou o tucano.

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