
Algumas mudanças ainda são esperadas
Tomaram posse, nesta segunda-feira (10), os novos ministros do governo brasileiro sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Novo ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP), ocupava até então, a pasta de Relações Institucionais, que agora é ocupada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Antes, de perfil com um discurso tido como muito ideológico, Hoffmann assume um papel de conciliação com o Congresso, o que deve ser um dos desafios da petista a partir de agora, segundo auxiliares do Planalto.
“Chego para colaborar com todos os ministros e ministras que coordenam suas respectivas áreas, respeitando os espaços e competências de cada um e cada uma, sob a liderança do presidente Lula. Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política”, disse a nova ministra.
Padilha, que acaba de assumir a Saúde, diz que chega com uma obsessão de diminuir o tempo de espera na fila do SUS.
“Chego ao ministério da saúde com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Todos os dias, vou trabalhar para buscar maior acesso e menor tempo de espera para quem precisa”, afirmou Padilha.
Quem é Gleisi?
Gleisi Hoffmann é paranaense e, no primeiro mandato do presidente Lula, assumiu a diretoria financeira da Itaipu Binacional. Em 2011, a petista foi eleita senadora, sendo a primeira mulher paranaense eleita para o cargo, no qual ficou até 2014, quando se licenciou para assumir o Ministério da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff.
Em junho de 2017 foi eleita presidente nacional do PT. Neste ano, o partido deve ter novas eleições para escolher uma nova liderança. A alçada de Gleisi ao ministério coincidiu com o fim de seu mandato à frente do PT.
Em 2018 foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2022 para um segundo mandato na Câmara Federal.
Médico infectologista pela Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Padilha foi reeleito deputado federal em São Paulo pelo PT nas últimas eleições. Entre 2009 e 2010, chefiou a pasta das Relações Institucionais, no segundo mandato do presidente Lula.
Já no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, Alexandre Padilha esteve à frente do Ministério da Saúde.
Na época, foi responsável pela implementação do programa Mais Médicos, cujo objetivo era acabar com a falta de profissionais em unidades de saúde localizadas no interior do Brasil e nas periferias das grandes cidades. Em 2019, no início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o programa foi encerrado.
Na gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Padilha também assumiu as pastas das Relações Institucionais e da Saúde.
(Sputnik Brasil)