Taxistas aderem a corridas por R$ 5,00 por estarem em dificuldades financeiras

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AQUILES EMIR

A campanha que os taxistas prometem realizar nesta sexta-freira (25) em que vão cobrar uma taxa de R$ 5,00 por cinco quilômetros rodados não é simplesmente um protesto contra a concorrência dos motoristas do aplicativo Uber, mas uma questão de sobrevivência de alguns profissionais. A explicação é do presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de São Luís, Renato Medeiros, que prevê uma adesão de pelo menos 30% da categoria.

De acordo com o sindicalista, muitos motoristas, principalmente defensores (os que não são proprietários do veículos), estão passando por sérias dificuldades financeiras, porque viram a clientela desaparecer e para o pior é que essa fuga de passageiros se deve em grande parte à campanha que vem sendo feita contra os taxistas por alguns segmentos dos meios de comunicação e nas redes sociais. Muitos deles, diz, estariam sem condições até mesmo de pagar contas básicas, como água, luz, telefone etc.

Medeiros diz que os taxistas vêm sendo vítimas de um massacre por parte de boa parte da opinião pública e até a manifestação da última segunda-feira (21) foi deturpada, pois não foram apenas os taxistas que bloquearam as via públicas e provocaram um congestionamento no trânsito de quase toda a cidade, pois naquele mesmo momento estava havendo também nas imediações da Avenida Beira Mar uma passeata dos profissionais de Saúde do Município e por coincidência houve a junção de ambas as manifestações gerando o engarrafamento de trânsito, mas isto não foi passado para a sociedade.

Campanha – Sobre a campanha desta sexta-feira, ele disse que alguns motoristas estão se prontificando a transportar passageiros pelo sistema de lotação ao custo de R$ 5,00 por um trajeto de cinco quilômetros, ou seja, uma distância maior do que do Renascença para o Centro. Indagado se isto não seria uma contradição, já que seria o mesmo sistema dos “carrinhos”, ele disse que não, pois o táxi tem autorização do poder público para operar no sistema de transporte e o outro não.

Renato Medeiros diz que a situação difícil em que se encontram muitos motoristas é porque estes foram pegos de surpresa. Muitos haviam acabado de investir na compra de um veículo novo e viram entrar na concorrência um operador que não tem regulamentação, não paga taxa alguma ao poder público, não é fiscalizado e não há sequer regras para alguém aderir ao aplicativo e passar a trabalhar.

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