Programa visa à recuperação do Patrimônio Histórico
O Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar) oficializou, nesta terça-feira (22), apoio ao programa Canteiro Escola, iniciativa que tem como objetivo a recuperação do patrimônio histórico da cidade, com a formação de mão de obra especializada para este fim. Idealizado pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), o programa se fundamenta em uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada, tendo como parceiros entidades do Sistema Fiema – Federação das Indústrias (Fiema), Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) – além de Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-MA) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae-MA)
O presidente da Alcoa Brasil, Otavio Carvalheira, presente no ato de assinatura, falou da importância de se preservar o Patrimônio Histórico de São Luís. Ele agradeceu a oportunidade que a Alumar tem em fazer parte de um projeto desta natureza.
“Esta parceria entre o público e o privado tem o potencial de preservar essa riqueza que a gente vê aqui neste centro histórico e traduz muito o nosso propósito, que é transformar potencial em progresso verdadeiro nas comunidades onde atuamos”, pontuou.
De acordo com o diretor da Alumar, Helder Teixeira, colaborar com a revitalização do Centro Histórico da cidade é algo que está dentro do programa da instituição na linha da sustentabilidade. Ele lembrou que o projeto vai ao encontro de outro projeto abraçado pelo Consórcio recentemente, o “Adote um Casarão”, em que a Alumar vai reformar o prédio do antigo 1º Distrito Policial de São Luís, localizado na Rua da Palma.
“Parcerias como estas são de muita importância para a Alumar. Esperamos, inclusive, uma sintonia muito interessante entre estas duas propostas, que trabalham na mesma linha de aproveitar mão de obra especializada e formada com a nossa colaboração efetiva”, afirmou o executivo.
Para presidente da Fumph, Kátia Bogéa, o apoio de empresas como a Alumar possibilita ao programa o financiamento das bolsas oferecidas aos alunos, alimentação, uniformes, EPIs e a compra do material para a recuperação dos monumentos.
“Neste primeiro monumento, que é o Mercado das Tulhas, o programa contempla duas especialidades – pedreiro e pintor, cada uma com 18 alunos e 400 horas de formação”, afirmou Kátia, acrescentando que após a formação oferecida pelo SENAI, os profissionais estarão aptos a serem contratados para outras obras dentro do Centro Histórico de São Luís.
“As nossas empresas associadas têm grandes dificuldades para encontrar mão de obra especializada para este tipo de serviço. Vimos no programa uma oportunidade de customizar um curso voltado para este fim”, comemorou o empresário, explicando que, neste primeiro projeto, a parte prática do curso é exatamente o trabalho que os alunos estão executando no Mercado das Tulhas.
A assinatura do termo de parceria foi realizada na área do Centro Histórico de São Luís conhecida como “Reviver” e também contou com a presença de diversas autoridades envolvidas no projeto, além da gerente de Relações Institucionais e Segurança Empresarial da Alumar, Dulcimar Soares e de Flávio Lima, supervisor de Relações Governamentais.
Beneficiários do programa – Depois de cumprirem20% das 400 horas em aulas teóricas, os 36 alunos do curso já partiram para a parte prática, a chamada capacitação em serviço e se dizem felizes com isso. Tayana de Sousa, de 25 anos, moradora do bairro da Madre Deus, nunca havia trabalhado antes e descobriu o curso por meio de edital publicado no site da Prefeitura de São Luís. Viu no curso de pintora de obras imobiliárias voltada a recuperação de prédios históricos uma oportunidade de se profissionalizar em uma área ainda carente de profissionais. “Estou muito feliz, porque agora posso tenho uma profissão e, principalmente, uma oportunidade”, disse.
Proprietário de uma loja de produtos artesanais no Mercado das Tulha, Lourival Nascimento acredita que o projeto, que vem recuperando os prédios da área, é muito bem-vindo tanto para quem trabalha na região quanto para quem visita. “No momento em que vem um projeto que valoriza a área é bom para todo mundo”, comemorou o comerciante.