Angela Merkel queria uma votação mais expressiva dos alemães

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A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu que queria “um resultado melhor”, apesar de conseguir ser reeleita para um quarto mandato nas eleições gerais realizadas neste domingo, e se comprometeu a “reconquistar” o eleitor da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD). As informações são da Agência EFE.

“Atingimos o objetivo estratégico”, afirmou a líder conservadora, na sede da União Democrata-Cristã (CDU), destacando que nenhuma outra formação, fora a sua, poderá tentar formar uma coalizão de governo.

A aliança conservadora de Merkel impôs-se nas eleições gerais com 32,7% dos votos, 12% a mais que o Partido Social Democrata (SPD), conforme a pesquisa de boca de urna feita pela emissora pública de TV ZDF, enquanto a AfD ficou em terceiro lugar, com 13,4%.

Merkel adiantou que o seu partido fará uma “análise compreensiva” do que aconteceu e que tentará ganhar de volta os alemães que tradicionalmente votavam no seu bloco conservador e desta vez optaram pelos ultradireitistas. Segundo ela, a ideia é entender suas preocupações e seus medos, mas, principalmente, convencê-los com uma “boa política”.

Agora, conforme disse, a aliança buscará “conversas tranquilas” com “outros parceiros” para tentar formar uma coalizão de governo estável.

Derrota – O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota e afirmou que fará oposição à atual chanceler Angela Merkel, vencedora do pleito, após quatro anos de aliança com a União Democrata-Cristã (CDU). As informações são da Agência EFE.

Entrevistado pela emissora pública alemã após um breve pronunciamento para os eleitores, Schulz disse ter “total apoio” da direção do SPD para continuar na liderança do partido e renová-lo.

Para os militantes do SPD, após a divulgação dos primeiros resultados de boca de urna que indicavam que o partido teve 21% dos votos, o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, Schulz alertou para a “fratura” representada pela entrada no Bundestag da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

“Falhamos no nosso objetivo”, reconheceu Schulz, que avaliou que o SPD não conseguiu convencer a base eleitoral tradicional do partido. Ele também alertou sobre a “impressionante força” da AfD, um fato que “nenhum democrata pode deixar de lado”.

Schulz, que também citou a queda dos votos obtidos pelo partido de Merkel no pleito, indicou que a chegada de mais de 1 milhão de refugiados na Alemanha ainda causa tensão no país. “Lutaremos veementemente e com todas as nossas forças contra a extrema direita”, prometeu o ex-presidente do parlamento europeu.

O SPD, segundo Schulz, independente do resultado, seguirá lutando por princípios e valores como a democracia, a tolerância, o respeito e o sentimento de comunidade. O candidato indicou que, no último governo, o SPD conseguiu, dentro da coalizão liderada por Merkel, implantar um salário mínimo interprofissional, melhorar as aposentadorias e conter o aumento dos aluguéis no país.

(Agência EFE)

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